Extração, caracterização e aplicação do corante de urucum (Bixa orellana L.) no tingimento de fibras naturais

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2003

RESUMO

A crescente demanda dos corantes naturais em detrimento dos sintéticos é justificada pela inocuidade e/ou baixa toxidade que os primeiros apresentam, uma vez que os corantes sintéticos estão associados ao surgimento de doenças como o câncer, e quando descartados no meio ambiente além de necessitar de um longo período para degradar os seus intermediários podem ser ainda mais tóxicos. O urucum (Bixa orellana L.), um carotenóide, é um dos mais importantes corantes naturais usados na indústria de alimentos. Em volume, na forma de corante, representa cerca de 90% dos corantes naturais usados no Brasil e 70% dos corantes naturais usados no mundo. Neste trabalho foram utilizadas sementes de urucum da cultivar peruana paulista, que apresentaram 2,1% de bixina. O processo de extração com álcool etílico mostrou um rendimento de 4% de corante em pó, cujo diâmetro médio das partículas foi de 28mm. O processo de extração não alterou a estrutura molecular do corante, comprovado pelo seu espectro eletrônico de absorção. Foram utilizados vários produtos no processo de tingimento de tecido de algodão objetivando um estudo da diferença total de cor, como também melhoria dos índices de solidez a lavagem e fricção seco/úmido. As amostras tratadas com sulfato de cobre revelaram alteração de cor, mas por outro lado apresentaram os melhores índices de solidez. As amostras tratadas com resina (isenta de formaldeido) não alteraram significativamente a cor e ainda melhoraram razoavelmente os índices de solidez. A resina reactante pode ser uma boa alternativa para substituir os mordentes metálicos, que possuem metal pesado em sua estrutura

ASSUNTO(S)

resin tecido de algodão engenharia quimica tingimento dyeings fastness bixa orellana l. resina reactante annatto solidez

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