Fatores de risco para o desenvolvimento de diabetes mellitus pós-transplante renal
AUTOR(ES)
Bastos Jr., Marco A.V., Oliveira, Marcus M.S., Castro, Simone H. de, Cunha, Edna F., Moraes, Edison R.S., Ruzzani, Frederico, Gomes, Marília B.
FONTE
Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2005-04
RESUMO
Avaliamos retrospectivamente os prontuários de 34 pacientes com diabetes pós-transplante renal (DMPT) (grupo 1) e 68 transplantados sem DMPT (grupo 0) com objetivo de determinar a prevalência de fatores de risco conhecidos para desenvolvimento da doença em pacientes acompanhados no Hospital Universitário Pedro Ernesto. Observamos uma prevalência de DMPT de 7,4%. O grupo 1 apresentou maior idade no momento da coleta dos dados (p<0,005), maior idade no transplante (p<0,005), maior freqüência de doador cadáver de rim (p= 0,023) e de hipercolesterolemia (p=0,006) e menor freqüência de hipertensão arterial sistêmica (p<0,0001). Houve uma tendência à maior freqüência de sorologia positiva para hepatite C (p= 0,0573) e de uso de tacrolimus (p= 0,069). Pela regressão logística, os fatores de risco mais importantes para evolução para DMPT foram idade ao receber transplante [OR= 1,099, IC 95% (1,045-1,156), p= 0,0001] e sorologia positiva para hepatite C [OR= 3,338, IC 95% (1,205-9,248), p= 0,020]. Concluímos que a prevalência de DMPT em nosso hospital está nos parâmetros descritos na literatura convencional e que nossos pacientes com DMPT apresentaram maior prevalência dos fatores de risco tradicionais para DMPT, como idade avançada e sorologia positiva para hepatite C, em relação aos controles.
ASSUNTO(S)
diabetes pós-transplante prevalência fatores de risco transplante renal
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