Fiction and language in São Marcos and A hora e vez de Augusto Matraga / Ficção e linguagem nos contos São Marcos e A hora e vez de Augusto Matraga
AUTOR(ES)
Wanderleia Pinheiro Querubini
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010
RESUMO
O propósito desta dissertação é apresentar uma leitura de duas narrativas de Sagarana, São Marcos e A hora e vez de Augusto Matraga, como alegorias do fazer literário em G. Rosa. Na primeira, os elementos de feitiçaria, de reza brava e de experiências com a palavra são tomados como alegorias das concepções de linguagem e dos modos como se produzem os fazeres literários. Estas concepções e estes procedimentos passam por vários ensaios de avaliação de sua força produtora de efeitos poéticos e ficcionais, o que faz de São Marcos um laboratório da língua e de seus personagens verdadeiros artífices da palavra. Na segunda, a experiência do homem frente ao seu destino e sua luta contra a dominação e em favor da permanência de sua fama são consideradas como experiências semelhantes às do trabalho com a linguagem contra a domesticação normativa da escrita, o desgaste pelo uso excessivo ou o esquecimento pelo desuso. Assim, neste conto, a ficção encena, como seu efeito alegórico, a recaptura da condição selvagem, primitiva da linguagem. Em ambas, esta leitura tenta colher os elementos de uma poética rosiana, profundamente meditada e pensada no interior de sua própria produção literária.
ASSUNTO(S)
guimarães rosa fazer literário alegoria alegorie guimarães rosa concepção de linguagem poetics poética literary composing language conception
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