Focando na variação: métodos e aplicações do conceito de diversidade beta em ecossistemas aquáticos
AUTOR(ES)
Melo, Adriano Sanches, Schneck, Fabiana, Hepp, Luiz Ubiratan, Simões, Nadson Ressyé, Siqueira, Tadeu, Bini, Luis Mauricio
FONTE
Acta Limnologica Brasiliensia
DATA DE PUBLICAÇÃO
13/03/2012
RESUMO
Ecólogos geralmente estimam médias, mas dedicam pouca atenção à variação. O estudo da variação é um aspecto chave para entender sistemas naturais e fazer predições. Em ecologia de comunidades, a maioria dos estudos foca na diversidade local de espécies (diversidade alfa), e apenas recentemente ecólogos passaram a dar atenção apropriada a variação na composição de comunidades entre sítios amostrais (diversidade beta). Isto acontece apesar do fato das primeiras tentativas de estimar diversidade beta terem sido feitas pelos trabalhos pioneiros de Koch e Whittaker na década de 1950. Houve significativo progresso na última década no desenvolvimento tanto de métodos como de hipóteses sobre a origem e manutenção da variação na composição de comunidades. Por exemplo, métodos estão disponíveis para particionar a diversidade total de uma região (diversidade gama) num componente local (alfa) e diversos componentes de diversidade beta, cada um referente a uma escala na hierarquia. A popularização da chamada abordagem de dados brutos (raw-data approach) (baseada em técnicas de ordenação parcial restrita) e abordagem baseada em distância (distance-based approach) (baseada em correlações de matrizes de dissimilaridade/distância) tem possibilitado a avaliação de hipóteses sobre os padrões de diversidade beta. De maneira geral, estas hipóteses são baseadas nas teorias de nicho e neutra, e levam em consideração o papel do ambiente e do espaço (ou combinação deles) na determinação das metacomunidades. Estudos recentes avaliaram estes temas em grande variedade de escalas espaciais e temporais, de habitats e grupos taxonômicos. Adicionalmente, histórias de vida e traços funcionais das espécies tais como habilidades de dispersão e raridade estão começando a ser consideradas nos estudos de diversidade beta. Neste artigo nós revisamos brevemente algumas destas novas ferramentas e abordagens e as ilustramos com estudos de caso em ecossistemas aquáticos.
ASSUNTO(S)
substituição temporal escalas hierarquicas espécies raras dissimilaridade cca
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