Fonoaudiologia e qualidade de vida: demanda de um grupo de idosos da Cidade de Taubaté-SP

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

Objetivo: Descrever a ocorrência de alterações vocais, de funções orofaciais e auditivas numa população de idosos, considerando-se o gênero e a faixa etária e correlacionar a mesma com as questões relacionadas à Qualidade de Vida.Método: Foram selecionados 55 idosos, na sua maioria, participantes de Grupos de Convivência, no município de Taubaté, situado no Estado de São Paulo. Para a coleta de dados foram aplicados dois protocolos: o WHOQOL- Bref (1995) que avalia a qualidade de vida com o uso de indicações numéricas de 1 a 5, do menor ao maior grau de satisfação; e outro que avaliou questões referentes à voz, funções orofaciais e audição a serem respondidas utilizando a numeração 0 para ausência de resposta, 1 para nunca, 2para às vezes e 3para a resposta sempre. Os dados foram analisados de forma descritiva e correlacionados com o auxílio dos testes estatísticos Mann-Whitney e Análise de Correlação de Spearman. Para tal foi utilizado o programa Statistical Package for Social Sciences e adotado o nível de significância de 5%.Resultados: A amostra foi constituída por 15 homens (27,07%) e 40 mulheres (72,73%) com média de 68, 9 anos (faixa etária estabelecida entre 60 e 80 anos).Quanto à Qualidade de Vida, os idosos a consideraram boa (61,82%), em diferentes graus houve satisfação com a saúde (67,27%), apesar de precisarem em diferentes freqüências de assistência médica (61,82%). Por outro lado, queixaram-se, em diferentes graus, de falta de energia para o dia-a-dia (43,64%), de dinheiro para satisfazer as necessidades (58,18%), de informação (45,45%) e da vida sexual (43,64%). No que se refere à voz, os idosos pesquisados afirmaram não ter dificuldade para falar ao telefone e nem no trabalho (87,27%) e não evitaram sair socialmente em função de prováveis problemas vocais (89,09%). Quanto às funções orofaciais, os idosos responderam não sentir dor durante a mastigação (87,27%), nem estalos ou ruídos durante a fala (89,09%), não percebem que a articulação prejudica o entendimento durante uma conversa (83,64%), não manifestaram dificuldade na produção da fala (78,18%), não possuiram dificuldade para mastigar (65,45%), nem fazê-la de boca aberta (87,27%). Um pouco mais da metade dos idosos (54,55%) relatou ter dificuldade para ouvir, e a maioria não tem para ouvir ao telefone (76,36%), nem em relações pessoais devido à audição (85,45%). Informaram ainda não ter problema auditivo que os levem a ter dificuldades para sair de casa (90,91%), ou preferirem ficar sozinhos (89,09%), ou mesmo assistirem menos televisão ou ouvirem menos rádio do que gostariam (90,91%).Conclusão: Os dados possibilitaram concluir que a maioria dos idosos pesquisados, não relatou insatisfação com relação à sua qualidade de vida, nem alterações quanto aos aspectos de voz, funções orofaciais e audição; em relação ao gênero, as mulheres manifestaram maior número de queixas quando comparadas aos homens, principalmente no que diz respeito às funções orofaciais, mais especificamente a presença de ruídos na mastigação e ajustes de próteses dentárias; em relação à faixa etária, não houve diferença nas respostas quanto aos aspectos pesquisados; e em relação às alterações fonoaudiológicas, essas não comprometeram a satisfação que os idosos mencionaram com relação à qualidade de vida

ASSUNTO(S)

vocal in aged people qualidade de vida orofacial functions and auditive funções orofaciais e auditivas fonoaudiologia alterações vocais em idosos idosos -- taubate, sp

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