GEOESTATÍSTICA APLICADA AO ESTUDO DAS CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DO SOLO EM ÁREAS DE FLORESTA ESTACIONAL DECIDUAL / GEOSTATÍSTICS APPLIED TO THE STUDY OF SOIL PHYSIOCHEMICAL CHARACTERISTICS IN SEASONAL DECIDUOUS FOREST AREAS

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

Utilizou-se métodos da estatística clássica, análise exploratória de dados e da geoestatística na identificação do tamanho e da estrutura da variabilidade espacial de alguns atributos físicoquímicos do solo em áreas de Floresta Estacional Decidual, as quais foram denominadas floresta madura, floresta secundária e capoeirão. As áreas, localizadas no município de Santa Tereza - RS, foram amostradas durante o período de 2002 a 2003, compreendendo as classes de solo: Chernossolo Argilúvico, Cambissolo Ta e Neossolo Litólico. Realizou-se amostragem sistemática com grid de espaçamento regular entre os pontos variando de 30 m para o capoeirão e 40 m para floresta madura e secundária, totalizando 80 pontos amostrais em uma área total de 7.34 ha. Foram coletadas amostras de solo in situ para análise em laboratório dos atributos densidade, argila, pH, potássio, matéria orgânica e fósforo. As magnitudes da variabilidade espaciais foram dadas pelos coeficientes de variação, enquanto que a estrutura foi identificada por meio dos semivariogramas, definindo-se os parâmetros necessários para a krigagem. O atributo mais variável foi a matéria orgânica, não obtendo ajuste a nenhum modelo teórico de semivariograma, enquanto que o pH foi o menor. Na análise de estrutura da variabilidade espacial através da geoestatística, a argila e densidade, ambas em área de floresta secundária, e o pH nas áreas experimentais apresentaram a maior dependência espacial. O modelo gaussiano para o atributo argila obteve o maior alcance da dependência espacial, sendo 400 e 388 m, nas áreas de floresta secundária e madura respectivamente. A validação cruzada mostrou acuracidade no ajuste dos modelos variográficos, tendo a variável pH apresentado o melhor desempenho, 0.87; 0.94 e 0.92 nas áreas de floresta madura, secundária e capoeirão respectivamente. A krigagem ordinária das variáveis de interesse permitiu o detalhamento da distribuição dessas variáveis a partir dos mapas de isolinhas. Todos os modelos de semivariogramas apresentaram zonas de influência anisotrópicas, tendo sua variabilidade espacial maior no sentindo perpendicular a declividade destas áreas.

ASSUNTO(S)

forest soils floresta estacional geoestatística geostatistics space variability variabilidade espacial solos florestais deciduous forest geociencias

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