Hyperhomocyst(e)inemia in chronic stable renal transplant patients
AUTOR(ES)
Machado, David José de Barros, Paula, Flávio Jota de, Sabbaga, Emil, Ianhez, Luiz Estevan
FONTE
Revista do Hospital das Clínicas
DATA DE PUBLICAÇÃO
2000-10
RESUMO
OBJETIVOS: A hiper-homocisteinemia é um fator de risco importante para aterosclerose e, esta é uma das principais causas de óbito em transplantados renais. O objetivo deste estudo é avaliar a influência da terapêutica imunossupressora na homocisteinemia de receptores de transplante renal. CASUÍSTICA E MÉTODO: Vinte e nove pacientes foram divididos em dois grupos: grupo I (n=20) - pacientes transplantados renais em uso de ciclosporina, azatioprina e prednisona; grupo II (n=9) - pacientes transplantados renais em uso de azatioprina e prednisona; grupo III (n=7) doadores de rim para pacientes dos grupos I e II, constituíram o grupo controle. O nível sérico de creatinina e o clearance estimado de creatinina, o nível sérico de ciclosporina, o perfil de lipídeos, a concentração de ácido fólico e vitamina B12 e as características clínicas dos indivíduos foram avaliados na procura de determinantes da homocisteinemia. A concentração sérica de homocisteína foi medida através da cromatografia de alta resolução e a concentração de ácido fólico e vitamina B12 por radio-imunoensaio. RESULTADOS: Os pacientes tinham 48.8 ± 15.1 aa e 43.3 ± 11.3 aa respectivamente, nos grupos I e II e os doadores 46.5 ± 14.8 aa. A homocisteinemia sérica média dos pacientes transplantados renais foi de 18.07 ± 8.29 mmol/l. No grupo de pacientes em uso de ciclosporina foi de 16.55 ± 5.6 mmol/l e no grupo sem ciclosporina foi de 21.44 ± 12.1 mmol/l (NS). No grupo de doadores foi significativamente menor (9.07 ± 3.06 mmol/l; grupo I + grupo II vs. grupo III, p<0.008), não tendo sido encontrado nenhum caso de hiper-homocisteinemia. Houve correlação entre idade (r=0.427; p<0.005), peso corpóreo (r=0.412; p<0.05), creatinina sérica (r=0.427; p<0.05), clearance estimado de creatinina (r=0.316; p<0.10) e tHcy nos pacientes transplantados renais. Porém no modelo de regressão múltipla, só foram significativos idade (coeficiente = 0.253; p=0.009) e creatinina sérica (coeficiente =8.07; p=0.045). No grupo de transplantados renais encontramos 38% de casos com hiper-homocist(e)inemia sendo sete casos (35%) do grupo I e quatro casos (45%) do grupo II, baseado nos níveis séricos normais. CONCLUSÕES: Os pacientes transplantados renais apresentam hiper-homocisteinemia independente do esquema de imunossupressão que estejam utilizando. A hiper-homocisteinemia após o transplante renal tem como determinantes a idade do receptor e o seu nível de creatinina sérica.
ASSUNTO(S)
homocisteína transplante renal ciclosporina azatioprina prednisona
Documentos Relacionados
- Endothelial dysfunction in a murine model of mild hyperhomocyst(e)inemia
- The oxidant stress of hyperhomocyst(e)inemia.
- Vascular dysfunction in monkeys with diet-induced hyperhomocyst(e)inemia.
- Hydrogen sulfide ameliorates hyperhomocysteinemia-associated chronic renal failure
- Acute exacerbation of chronic hepatitis B virus infection in renal transplant patients