IDENTIFICAÇÃO E NOTIFICAÇÃO DE MAUS-TRATOS EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES POR MÉDICOS DE FAMÍLIA NO CEARÁ
AUTOR(ES)
Silva Junior, Geraldo Bezerra da, Rolim, Ana Carine Arruda, Moreira, Gracyelle Alves Remigio, Corrêa, Carlos Roberto Silveira, Vieira, Luiza Jane Eyre de Souza
FONTE
Trab. educ. saúde
DATA DE PUBLICAÇÃO
13/03/2017
RESUMO
Resumo O objetivo deste estudo foi analisar os fatores associados à identificação e notificação de maus-tratos em crianças e adolescentes no exercício da prática de médicos que atuam na atenção primária, assim como a influência de sua formação para essa prática. A pesquisa abrangeu 227 médicos da Estratégia Saúde da Família em municípios cearenses, nos anos de 2010 a 2012. Realizaram-se análises bivariada e multivariada por regressão logística de dados de questionários dirigidos aos participantes. A maioria referiu não ter participado de treinamento sobre o assunto na graduação (73,6%), não conhecia a ficha de notificação de violência (59%) e relatou que a unidade em que trabalhava não tinha a ficha (80,5%). A maior parte também referiu não conhecer instituições de assistência à s vítimas de maus-tratos (85,6%). Dos participantes, 53,1% identificaram pelo menos um caso de maus-tratos contra criança e adolescente durante a prática profissional, e destes, 52,6% notificaram o caso. Tempo de formado, conhecimento da ficha de notificação e confiança nos órgãos de proteção estavam associados à identificação de maus-tratos. Os fatores para a notificação foram: presença da ficha de notificação na unidade e conhecimento de local para onde encaminhar as vítimas. Concluiu-se que a identificação desse problema e o manejo de sua notificação deveriam ser discutidos e orientados durante a formação médica.
ASSUNTO(S)
violência doméstica criança adolescente notificação de abuso atenção primária à saúde
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