Immunology and immunopathology of African trypanosomiasis

AUTOR(ES)
FONTE

Anais da Academia Brasileira de Ciências

DATA DE PUBLICAÇÃO

2006-12

RESUMO

Modificações importantes no sistema imune são observadas na tripanosomíase Africana. Essas reações imunológicas não protegem e estão envolvidas em distúrbios imunopatológicos. O principal componente de superfície (glicoproteína variante de superfície, VSG) está associado à evasão das respostas imune, às disfunções da rede de citocinas e à produção de autoanticorpos. Muitos de nossos conhecimentos resultam da tripanosomíase experimental. Componentes da imunidade inata estão sendo caracterizados. Em camundongos infectados, a VSG estimula preferencialmente células Th1. Uma resposta de gd e células T CD8 aos antígenos do tripanossoma foi observada em gado tripanotolerante. Um aumento em células B CD5, responsável por IgM sérica e produção de autoanticorpos, foi observado no gado infectado. Os macrófagos desempenham importantes funções na tripanosomíase, em sinergismo com anticorpos (fagocitose) e pela secreção de várias moléculas (radicais, citocinas, prostaglandinas). Tripanossomas são altamente sensíveis ao TNF-alfa, espécies reativas de oxigênio e nitrogênio. O TNF-alfa também está envolvido em caquexia. O IFN-gama atua como um fator de crescimento do parasita. Esses vários componentes contribuem para a imunossupressão. Os tripanossomas usam os mecanismos imunes para seu próprio benefício. Dados recentes mostram a importância da ativação alternativa de macrófagos, incluindo a indução pela arginase. A L-ornitina produzida pela arginase do hospedeiro é essencial para o crescimento do parasita. Todos esses dados mostram o envolvimento no sistema imune realizado pelos tripanossomas e sugerem a interferência de métodos terapêuticos.

ASSUNTO(S)

tripanossoma tripanosomíase africana imunologia macrófago linfócitos óxido nítrico citocina autoanticorpos

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