Impacto da insulinoterapia prévia no prognóstico dos pacientes diabéticos com síndromes coronárias agudas

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010-10

RESUMO

OBJECTIVO: Avaliar se a insulinoterapia prévia influencia de forma independente o prognóstico de diabéticos após uma síndrome coronária aguda (SCA). SUJEITOS E MÉTODOS: 375 doentes diabéticos com SCA, divididos em 2 grupos: Grupo A (n = 69) - sob insulinoterapia prévia e Grupo B (n = 306) - sem insulinoterapia prévia. Os preditores de mortalidade a um ano e de eventos cardíacos adversos maiores (MACE) foram determinados pela regressão de Cox. RESULTADOS: Verificou-se maior proporção de acidente vascular cerebral prévio (17,4% vs. 9,2%, p = 0,047) e doença arterial periférica (13,0% vs. 3,6%, p = 0,005) no Grupo A. Esses doentes apresentaram glicemia na admissão significativamente mais elevada e LDL inferior. Não houve diferenças estatisticamente significativas no tipo de SCA, na mortalidade (18,2% vs. 10,4%, p = 0,103) e MACE (32,1% vs. 23,0%, p = 0,146) em um ano entre os 2 grupos. Na análise multivariada, a insulinoterapia prévia não foi preditor independente nem de mortalidade, nem de MACE em 1 ano. CONCLUSÃO: Apesar da doença aterosclerótica mais avançada, os diabéticos previamente insulino-tratados têm um prognóstico semelhante aos não insulino-tratados. A insulinoterapia crônica poderá proteger os diabéticos da evolução desfavorável própria da doença aterosclerótica avançada.

ASSUNTO(S)

insulina diabetes síndromes coronárias agudas prognóstico

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