Impacto de um protocolo precoce de fisioterapia em pacientes transplantados renais / Impact of a protocol of early physical therapy in renal transplant patients

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

20/12/2011

RESUMO

Contextualização: A doença renal crônica (DRC) é um grande problema de saúde pública, acarretando perda progressiva e irreversível da função renal, além de sérias disfunções cardiorrespiratórias e musculoesqueléticas. Com o transplante renal há melhora dessas condições, porém, não se sabe ao certo se essas alterações retornam ao normal, portanto, precisam ser melhor avaliadas. A Fisioterapia tem sido bastante utilizada no período pós-operatório e em pacientes com DRC, no entanto, pouco se tem estudado a respeito desta em pacientes transplantados renais, uma população caracterizada por considerável índice de morbidade afetando diretamente na qualidade de vida e na participação social destes indivíduos. Objetivos: Avaliar o impacto de um protocolo de Fisioterapia na capacidade ao exercício, força muscular respiratória e periférica e capacidade vital (CV) em pacientes submetidos ao transplante renal durante o período de internação hospitalar. Materiais e Métodos: Foram recrutados consecutivamente todos pacientes candidatos ao transplante renal de doador vivo internados no Hospital do Rim e Hipertensão, no período de fevereiro a agosto de 2011. Todos foram submetidos à avaliação pré-operatória, sendo avaliados quanto à força muscular respiratória (PImáx e PEmáx) pelo manovacuômetro e capacidade vital através do ventilômetro, medida de força muscular de MMSS e MMII (dinamômetro) e teste de caminhada de 6 minutos (TC6M). Após o transplante renal, foram aleatorizados em dois grupos: GC-controle (apenas orientações fisioterapêuticas) e GI-intervenção (fisioterapia respiratória e motora), sendo reavaliados no 1 pós operatório (apenas PImáx, PEmáx e CV) e no momento da alta hospitalar. Resultados: Dos 63 pacientes incluídos no estudo, 33 (52,4%) pertenceram ao GC, e 30 (47,6%) do GI. A média da idade, o tempo de diálise e a presença de hipertensão arterial e diabetes foram semelhantes em ambos os grupos. Em relação aos dados pré-operatórios não houve diferença estatística entre os grupos. Houve queda no 1PO de força muscular respiratória (PImáx e PEmáx) e capacidade vital (CV), tanto no GC quanto no GI. Ao analisarmos as variáveis estudadas, o GI apresentou diferença estatísticamente significante na PImáx (Média das diferenças entre grupos -20.21, 95% IC -26.14 à 14.27), PEmáx (Mdif 16.39, 95% IC 8.54 à 24.27) e CV (Mdif 310.69, 95% IC 81.66 à 539.76) em relação ao GC, considerando do momento pré-operatório à alta hospitalar. Não foram encontradas diferenças significantes na força muscular periférica e TC6M. O número de complicações pós-operatórias e o tempo de permanência hospitalar foram similares, não havendo portanto, diferença estatísticamente significante entre os grupos estudados. Conclusão: Pudemos observar que, no momento da alta hospitalar, tanto os pacientes submetidos ao protocolo de exercícios quanto o grupo controle evoluíram de maneira satisfatória e sem diferença clinicamente importante, embora tenhamos encontrado diferença estatística a favor do grupo intervenção em relação à função pulmonar e força muscular respiratória

ASSUNTO(S)

fisioterapia e terapia ocupacional transplante de rim força muscular tolerância ao exercício kidney transplantation muscle strength exercise tolerance

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