Infecções de Dispositivos Cardíacos Eletrônicos Implantáveis – Uma Realidade Crescente e Preocupante

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Bras. Cardiol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2021-06

RESUMO

Resumo Fundamento A nefropatia induzida por contraste (NIC) está associada a um risco aumentado de eventos cardiovasculares adversos maiores (ECAM), e a associação entre NIC e mecanismos oxidativos está bem documentada. Objetivo Este estudo visou avaliar a relação entre os níveis séricos da molécula de lesão renal-1 (KIM-1) e a NIC em pacientes idosos com infarto do miocárdio sem supradesnivelamento do segmento ST (IAMSSST). Métodos O presente estudo incluiu um total de 758 pacientes com IAMSSST que foram submetidos a intervenção coronária percutânea (ICP); 15 desenvolveram NIC após a ICP e outros 104 constituíram o grupo controle, pareado por idade > 65 anos. Foram registrados os valores laboratoriais desde a linha de base até o período entre 48 e 72 horas e os achados clínicos. Os pacientes foram acompanhados durante um ano. Foram considerados significativos valores de p < 0,05. Resultados A NIC foi observada em 12,60% dos pacientes. A KIM-1 sérica foi significativamente mais alta no grupo com NIC que no grupo sem NIC (14,02 [9,53 – 19,90] versus 5,41 [3,41 – 9,03], p < 0,001). O escore Mehran foi significativamente mais alto no grupo com NIC do que no grupo sem NIC (14 [5 – 22] versus 5 [2 – 7], p = 0,001). Os ECAM foram significativamente maiores no grupo com NIC do que no grupo sem NIC (7 [46,70%] versus 12 [11,50%], p = 0,001). A análise de regressão logística multivariada mostrou que o nível de KIM-1 basal (OR = 1,652, IC 95%: 1,20 – 2,27, p = 0,002) e o escore Mehran (OR = 1,457, IC 95%: 1,01 – 2,08, p = 0,039) foram preditores independentes da NIC em pacientes idosos com IAMSSST. Conclusão A concentração sérica basal de KIM-1 e o escore de Mehran são preditores independentes de NIC em pacientes idosos com IAMSSST. Além disso, todas as causas de mortalidade, morte cardiovascular, reinfarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e MACE foram significativamente maiores no grupo CIN no acompanhamento de um ano. (Arq Bras Cardiol. 2021; [online].ahead print, PP.0-0)

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