Influência da fibrose periportal no seguimento tardio de pacientes submetidos a tratamento cirúrgico da hipertensão portal esquistossomótica
AUTOR(ES)
Ferraz, Álvaro Antônio Bandeira, Albuquerque, Pedro Cavalcanti de, Lopes, Edmundo Pessoa de Almeida, Araújo Jr., José Guido Corrêa de, Carvalho, Anderson Henrique Ferreira, Ferraz, Edmundo Machado
FONTE
Arquivos de Gastroenterologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2003-03
RESUMO
OBJETIVO: Avaliar a influência do grau de fibrose periportal no seguimento tardio de pacientes tratados cirurgicamente da esquistossomose hepatoesplênica com antecedentes de hemorragia digestiva. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Foram analisados 111 pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico da esquistossomose hepatoesplênica no período de 1992-1998. O grau de fibrose periportal foi classificado como: grau I (29/111): os espaços porta apresentam-se com riqueza de células conjuntivas jovens, discreta produção de colágeno e presença variável de infiltrado inflamatório. A lâmina periportal e o retículo são normais; grau II (38/111) - há expansão do tecido conjuntivo com emissão de septos colágenos radiais, dando ao mesmo um aspecto estrelado; grau III (44/111) - os septos conjuntivos formam pontes com outros espaços porta ou com a veia, havendo neoformação angiomatóide bem evidente. RESULTADOS: O seguimento médio dos pacientes com fibrose grau I foi de 38,2 meses, 32,2 meses no grau II e 24,5 meses na fibrose periportal grau III. Pacientes portadores de fibrose periportal grau I apresentaram recidiva hemorrágica estatisticamente menor. A intensidade da fibrose periportal não influenciou a presença de varizes de fundo gástrico, prevalência de trombose portal pós-operatória e alterações bioquímicas e hematológicas. CONCLUSÃO: O grau de fibrose periportal tem influência na recidiva hemorrágica de pacientes portadores de hipertensão portal esquistossomótica submetidos a tratamento cirúrgico.
ASSUNTO(S)
fibrose hipertensão esquistossomose
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