Influência do Grau de Deformação e do Tratamento de "bake hardening" na Propagação de Trinca por Fadiga em Dois Aços Bifásicos usados em Rodas Automobilísticas
AUTOR(ES)
Fabiano Alcântara Machado
DATA DE PUBLICAÇÃO
2005
RESUMO
Nesse trabalho, o crescimento de trinca da/dN x K foi estudado em dois aços bifásicos largamente usados na indústria automotiva, com cerca de 8% a 12% de fração volumétrica de martensita. A principal diferença entre esses aços é a composição química. Um dos aços tem adições de cromo enquanto o outro tem silício como elemento de liga. Além da composição química, o efeito de 10% de pré-deformação e tratamento térmico de Baking Hardening na resistência à fadiga foi verificado. Os aços bifásicos têm mostrado recentemente excelente resistência ao crescimento de trinca por fadiga, particularmente a baixas taxas de crescimento, perto do fator limiar de intensidade de tensão (KTh), abaixo do qual as trincas permanecem paradas (latentes). Essa resistência depende da microestrutura do aço e é atribuida primeiramente à morfologia do caminho percorrido pela trinca e associação com efeitos de fechamento de trinca. Corpos-de-prova do tipo C(T) com 3,85mm de espessura e 50mm de largura na orientação T-L foram usados nos experimentos. A freqüência de ensaio foi de 30Hz e os experimentos foram realizados ao ar (aproximadamente 25C, R.H.=60%), e razão entre tensões R, de 0,1. Os resultados mostraram que os dois aços têm comportamento similar na resistência ao crescimento de trinca por fadiga. Não foi notado um efeito significante do tratamento mecânico e térmico nos dois aços, o que representa um resultado prático bastante interessante, pois esses tratamentos fazem parte do processo de fabricação das rodas. Modelos matemáticos de previsão de vida em fadiga por equações de Paris, Forman, Priddle, Collipriest, Elber e Hall, foram empregados, e os resultados experimentais mostraram uma boa concordância com os mesmos na região II. Desses modelos o que melhor se ajustou aos resultados experimentais foi o de Priddle. Os outros modelos apresentam uma característica menos conservativa na região do Kth que o de Priddle, o que torna esse modelo mais interessante se redução de peso e custos forem objetivos do projeto.
ASSUNTO(S)
engenharia de materiais e metalurgica engenharia de materiais aço-fadiga aço-fratura resistência dos materiais
ACESSO AO ARTIGO
http://www.tede.ufop.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=6Documentos Relacionados
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