Interação medicamentosa entre antineoplásicos e antidepressivos: análise de pacientes do ambulatório de oncologia de um hospital geral

AUTOR(ES)
FONTE

Trends Psychiatry Psychother.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-06

RESUMO

Objetivos: Verificar a prevalência de sintomas depressivos em pacientes oncológicos e identificar o uso simultâneo de antineoplásicos e antidepressivos.Métodos: Foi realizado um estudo transversal, no qual 56 pacientes oncológicos foram entrevistados. Foram empregados dois instrumentos: um questionário para a coleta de dados clínicos e sociodemográficos e o Inventário de Depressão de Beck - Segunda Edição (BDI-II) para a avaliação de sintomas depressivos. Para a análise dos dados, foram utilizadas medidas descritivas para determinar a prevalência de sintomas depressivos, o teste de qui-quadrado para avaliar associações entre variáveis sociodemográficas e clínicas e sintomas depressivos.Resultados:Foi encontrada uma prevalência de depressão de 26,7% (15 pacientes). Apenas oito desses pacientes (53,3%) estavam recebendo tratamento para depressão. Considerando a amostra como um todo, estavam fazendo uso de antidepressivos 13 pacientes (23,2%); destes, 11 faziam uso simultâneo de antidepressivo e antineoplásico (19,6%). Foram encontradas cinco situações de interações medicamentosas contraindicadas (8,9%).Conclusão:Sintomas depressivos são mais prevalentes em pacientes oncológicos do que na população em geral, mas geralmente são subdiagnosticados e subtratados. O uso simultâneo de antidepressivos e antineoplásicos é frequente. Sendo assim, para reduzir os efeitos adversos prejudiciais, as possíveis interações medicamentosas devem ser identificadas antes que os antidepressivos sejam prescritos para pacientes oncológicos.

ASSUNTO(S)

antidepressivos antineoplásicos interação de medicamentos depressão neoplasias

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