Isolados 'como nós' ou isolados 'entre nós'?: a polêmica na Academia Nacional de Medicina sobre o isolamento compulsório dos doentes de lepra
AUTOR(ES)
Cunha, Vivian da Silva
FONTE
História, Ciências, Saúde-Manguinhos
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010-12
RESUMO
Da forma como a lepra era percebida na sociedade brasileira do início do século XX, a segregação dos doentes era vista como o único modo de proteger os sãos. A política praticada pela Inspetoria de Profilaxia da Lepra e das Doenças Venéreas privilegiava o isolamento em leprosários. Belisário Penna, crítico à atuação desta Inspetoria, defendia que a melhor forma de isolar os doentes seria através da criação de municípios geograficamente distantes dos centros urbanos. Em 1926, instaurou-se uma polêmica entre Penna e Eduardo Rabello, ex-chefe da Inspetoria, sobre esse tema. Essa polêmica se configurou como parte de um debate mais geral sobre a melhor forma de se controlar a lepra, e nos permite entender as mudanças ocorridas na década de 1930 acerca das políticas implementadas contra a doença.
ASSUNTO(S)
lepra isolamento compulsório belisário penna (1868-1939) eduardo rabello (1876-1940) brasil
Documentos Relacionados
- Diálogo sobre cientometria, mal-estar na academia e a polêmica do produtivismo
- Profilaxia e exclusão: o isolamento compulsório dos hansenianos em São Paulo
- “Olá + convite: ‘Como as coleções terminam’”: o incêndio do Museu Nacional e histórias compartilhadas
- ACONTECENDO O CUIDADO 'DO NÓS' NOS MOVIMENTOS E ONDULAÇÕES DOS PROCESSOS INTERATIVOS NO AMBIENTE HOSPITALAR
- Isolamento compulsório de portadores de hanseníase: memória de idosos