Melasma extra-facial : avaliação clínica, histopatológica e imuno-histoquímica em estudo caso-controle
AUTOR(ES)
Clarice Gabardo Ritter
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011
RESUMO
Fundamentos: O melasma extra-facial é dermatose freqüente na prática clínica dermatológica. Apresenta características especiais em relação tanto aos aspectos clínicos como aos prováveis fatores etiopatogênicos. Existem poucos estudos direcionados a esta alteração da pigmentação, que têm se tornado um desafio no consultório dermatológico. Objetivo: Avaliar as características clínicas associadas melasma extra-facial. Comparar através de exame histopatológico e imuno-histoquímico as características morfofuncionais de biópsias de pele de melasma extra-facial com biópsias de pele não acometida. Métodos: Estudo de casos e controles com 45 pacientes em cada grupo, avaliando suas características clínicas. Dentro do grupo com melasma extra-facial 36 pacientes realizaram biópsia da lesão e da pele normal perilesional. Foram realizadas as colorações de HE e Fontana-Masson, e imuno-histoquímica para melanócitos e receptores de estrogênio nas amostras biopsiadas. A densidade de melanina na epiderme foi avaliada através da análise de fotomicrografias digitais por um programa computadorizado de análise de imagens. Resultados: No grupo com melasma a maioria das pacientes eram mulheres (88,9%) com idade média ± DP de 56,78 ± 8,5 anos, estando 84,4% delas em menopausa. Não houve diferença significativa entre os grupos quanto à presença de comorbidades, uso de medicações para tratamento destas ou uso de terapias hormonais. Nos pacientes com melasma extra-facial o histórico familiar desta dermatose bem como a presença atual ou prévia de melasma facial foi significativamente maior do que no grupo controle (p<0,001). A coloração pelo HE mostrou aumento da retificação e hiperpigmentação basal, da elastose solar e degeneração de colágeno na área de melasma (p<0,001). A coloração de Fontana-Masson identificou aumento significativo da densidade de melanina nas biópsias de melasma. A imuno-histoquímica com Melan-A não mostrou diferença entre os grupos e o marcador para receptor de estrogênio foi negativo nas biópsias estudadas. Conclusão: O melasma extra-facial parece estar relacionado à menopausa, história familiar e histórico pessoal de melasma facial. A hiperpigmentação evidenciada nas amostras é justificada pelo aumento da melanina. Contudo, a avaliação histopatológica revelou semelhante número de melanócitos entre os dois grupos, sugerindo que a hiperpigmentação seja, mais provavelmente, resultado de uma alteração na produção ou na característica bioquímica e distribuição da melanina produzida.
ASSUNTO(S)
melanose transtornos da pigmentação
ACESSO AO ARTIGO
http://hdl.handle.net/10183/37040Documentos Relacionados
- Luz intensa pulsada no fotoenvelhecimento: avaliação clínica, histopatológica e imuno-histoquímica
- Avaliação clínica, histopatológica e imuno-histoquímica de 48 casos de queilite actínica
- Micose fungóide e síndrome de Sézary: revisão e atualização clínica, histopatológica e imuno-histoquímica
- Carcinoma epidermóide de língua :correlação clínica, histológica e imuno-histoquímica
- Estudo do laser Erbium Glass fracionado não ablativo no tratamento do fotoenvelhecimento cutâneo: avaliação clínica, histopatológica, microscopia eletrônica e imuno-histoquímica