Metontology and Heidegger’s concern for the ontic after being and time: challenging the a priori

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FONTE

Trans/Form/Ação

DATA DE PUBLICAÇÃO

2022

RESUMO

Resumo: A Kehre (viragem) no pensamento de Heidegger foi amplamente discutida e debatida. A introdução da noção de metontologia (Metontologie), em 1927, informou proveitosamente esse debate, uma vez que implica uma preocupação com o domínio ôntico, por parte de Heidegger, que não está presente em trabalhos anteriores. O fato de essa noção desaparecer logo após ser introduzida, porém, desafia sua contribuição para esse debate. Neste artigo, mostra-se que o desaparecimento da metontologia não significa o desaparecimento da preocupação de Heidegger com o ôntico, mas o contrário. Começa-se apresentando a visão de Freeman de uma tensão entre o ôntico e o ontológico, no pensamento de Heidegger, em meados da década de 1920, que resulta na introdução da metontologia, em 1927. Mais tarde, evidencia-se que a explicação de McNeill para o desaparecimento da metontologia, como consequência da visão de Heidegger, de meados dos anos 30, de que a projeção a priori do ser é uma retirada do ser (Entzug des Seins), permite dizer que esse desaparecimento não acarreta uma repentina falta de preocupação de Heidegger com o ôntico. Ao considerar a análise de Heidegger de “o matemático”, em Die Frage nach dem Ding, finalmente, argumenta-se que a metontologia desaparece do pensamento de Heidegger, porque sua dependência da ontologia a impede de explicar sua crescente preocupação com o ôntico, de maneira adequada.

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