Nas trilhas de João e Maria : a prodrução do sujeito jovem entre práticas de institucionalização, políticas públicas e formas de governo

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

Esboçada nas trilhas de questionamentos sobre a tomada do sujeito jovem como objeto de investimento, esta dissertação busca compreender como certas práticas de institucionalização da juventude são produzidas e refletir quais efeitos tais práticas, ao serem tomadas no campo das políticas públicas juvenis, têm sobre o sujeito jovem. O fio condutor para esta análise parte uma instituição de apoio socioeducacional localizada na cidade de Pelotas o Instituto de Menores D. Antonio Zattera (IMDAZ) , elegendo como recorte as oficinas ministradas no local bem como a articulação destas com programas apresentados no Guia de Políticas Públicas de Juventude. A escolha em trazer as oficinas e o Guia como as duas materialidades utilizadas como campo de análise toma forma no momento em que ambas vêm servir como estratégia de governo sobre o sujeito jovem. Trata-se de colocar em destaque as articulações do processo de objetivação do sujeito jovem, observando as condições de possibilidade pelas quais a vida (jovem) entra na história a partir de múltiplas relações de poder/saber que atravessam e institucionalizam verdades sobre a população juvenil. Oficina e Guia, nesse sentido, são compreendidos como processos que promovem a construção do sujeito jovem cidadão produtivo. Para essa discussão, este trabalho aposta na estratégia genealógica arquitetada por Michel Foucault para problematizar a configuração do sujeito jovem no decorrer da história. Portanto, este estudo apresenta reflexões sobre as condições de possibilidade para o surgimento das práticas de institucionalização da juventude no Brasil, problematizando o quanto elas produzem determinadas formas de ser jovem.

ASSUNTO(S)

juventude polÍticas pÚblicas psicologia social psicologia institucionalizaÇÃo

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