O canto espontâneo da criança de três a seis anos como indicador de seu desenvolvimento cognitivo-musical
AUTOR(ES)
Maria Betania Parizzi Fonseca
DATA DE PUBLICAÇÃO
2005
RESUMO
A partir da observação de crianças entre três e seis anos, associada à audição de sua música espontânea, foi levantada a seguinte questão: é possível que o canto espontâneo da criança possa ser considerado um indicador de seu desenvolvimento cognitivo-musical e, portanto, uma forma de representação, tal qual o desenho e a linguagem. Como referencial teórico, adotamos as idéias de Howard Gardner (1973), Hans Joachim Koellreutter (1984), Keith Swanwick (1988) e David Hargreaves (1996), sobre o desenvolvimento musical. A psicologia cognitiva piagetiana foi a principal fundamentação teórica para as investigações acerca das relações entre o canto espontâneo e o desenvolvimento cognitivo da criança. Como recurso metodológico, recorremos primeiramente à análise de produto. Foram selecionados quinze cantos espontâneos, os quais foram analisados musicalmente por seis jurados independentes. Destes dados, foi elaborada a análise de conteúdo de natureza qualitativa da qual emergiram padrões musicais, amplamente justificados pela fundamentação teórica levantada. Os dados apontaram para existência de um curso evolutivo previsível do canto espontâneo, desde os balbucios até as canções transcendentes, o que indica sua relação com o desenvolvimento cognitivo-musical da criança.
ASSUNTO(S)
musica educação de crianças. cognição em crianças.
ACESSO AO ARTIGO
http://hdl.handle.net/1843/AAGS-7ZVMSLDocumentos Relacionados
- Conexões entre o desenvolvimento cognitivo e o musical: estudo comparativo entre apreciação musical direcionada e não direcionada de crianças de sete a dez anos em escola regular
- Posicionando a criança no centro do seu cuidado: reflexões sobre o desenvolvimento cognitivo e o letramento em saúde infantil
- "Agora seu filho entra mais cedo na escola": a criança de seis anos no ensino fundamental de nove anos em Minas Gerais
- Caracterização da neofobia alimentar em crianças de três a seis anos
- Compreensão de orações relativas por crianças de tres a seis anos