O ribeirinho : ontem e hoje na defesa do peixe no Amazonas

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DATA DE PUBLICAÇÃO

1997

RESUMO

Este trabalho teve como objetivo contar a trajetória dos ribeirinhos das Comunidades Eclesiais de Base, na defesa do peixe no Amazonas e em especial nas cidades de Itapiranga e Silves no período de 1981 a julho de 1996. Moram às margens (ribeira) dos rios, igarapés, lagos, vivem do trabalho da roça e pescam para sobreviver. O peixe é sua "comida", seu alimento básico. Porém a partir de 1967 com a instalação da Zona Franca de Manaus, aumentou a população e com isto a procura pelo peixe. Os barcos pesqueiros cada vez em maior número, além de pescar estragavam esse produto, provocando a falta para os ribeirinhos. A partir desse fato os comunitários se propuseram a defender o peixe, para que não faltasse em suas mesas e na de todos os que moram no Amazonas. A trajetória dos ribeirinhos contada ao longo de 12 encontros mostra que foi necessária a união e conscientização de que o peixe estava diminuindo, e portanto era preciso defendê-lo e preservá-lo para não faltar. A preservação de lagos de manutenção e procriação, a nova lei da pesca, as Leis Municipais são algumas das conquistas dos ribeirinhos. O papel da Comissão Pastoral da Terra do Amazonas e Roraima (CPT AMIRR), das Prelazias e Dioceses foi decisivo neste movimento e suas conquistas. Com este trabalho pode-se concluir que a falta de peixe não se deve apenas ao estrago feito pelos barcos pesqueiros, mas também pela degradação ambiental, a pesca seletiva e à falta de apoio governamental ao setor pesqueiro. Palavras chaves: RIBEIRINHO, MEIO AMBIENTE, PESCA, COMUNIDADES ECLESIAIS DE BASE

ASSUNTO(S)

comunidades eclesias de base pesca - amazonia - condições sociais meio ambiente movimentos sociais

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