Obstrução nasal total: estudo morfofuncional de um caso de sinéquia de palato mole e paredes faríngeas pós blastomicose

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. CEFAC

DATA DE PUBLICAÇÃO

13/05/2011

RESUMO

TEMA: identificar as alterações morfofuncionais decorrentes de quinze anos de obstrução nasal total em um caso de sinéquia de palato mole e paredes faríngeas pós blastomicose. PROCEDIMENTOS: o trabalho foi baseado no estudo de caso de um adulto do gênero feminino, de 26 anos de idade, que chegou a um centro especializado em deformidades craniofaciais, com a queixa de não conseguir respirar pelo nariz. Sua dificuldade respiratória é decorrente de uma aderência total do palato mole com as paredes faríngeas, como sequela da blastomicose que teve no palato aos 11 anos de idade. RESULTADOS: na entrevista, a paciente relatou queixa de cefaléia, halitose, pouco rendimento físico, sonolência diurna e sono agitado durante a noite. Referiu também anosmia, mastigação lenta e engasgos frequentes. Durante a avaliação, observou-se respiração exclusivamente oral do tipo superior, mastigação bilateral alternada e lenta, deglutição adaptada e ressonância hiponasal de grau grave. Observou-se ainda face longa, perfil convexo, mandíbula retruída e olheiras. Os lábios da paciente encontravam-se entreabertos e ressecados, sendo o superior fino e o inferior evertido e avolumado e o palato duro apresenta-se atrésico, estreito e profundo. CONCLUSÃO: as características da paciente em questão são compatíveis com a Síndrome do Respirador Oral e pode-se supor que sejam consequências morfofuncionais de uma obstrução nasal total.

ASSUNTO(S)

respiração bucal obstrução nasal blastomicose palato faringe

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