Obstrução nasal total: estudo morfofuncional de um caso de sinéquia de palato mole e paredes faríngeas pós blastomicose
AUTOR(ES)
Ninno, Camila Queiroz de Moraes Silveira Di, Figueiredo, Júlia Siqueira Sepúlveda, Bosco, Raquel Lívia Gonçalves, Cruz, Sarah Márcia Sales da, Godinho, Ricardo Neves, Miranda, Izabel Cristina Campolina
FONTE
Rev. CEFAC
DATA DE PUBLICAÇÃO
13/05/2011
RESUMO
TEMA: identificar as alterações morfofuncionais decorrentes de quinze anos de obstrução nasal total em um caso de sinéquia de palato mole e paredes faríngeas pós blastomicose. PROCEDIMENTOS: o trabalho foi baseado no estudo de caso de um adulto do gênero feminino, de 26 anos de idade, que chegou a um centro especializado em deformidades craniofaciais, com a queixa de não conseguir respirar pelo nariz. Sua dificuldade respiratória é decorrente de uma aderência total do palato mole com as paredes faríngeas, como sequela da blastomicose que teve no palato aos 11 anos de idade. RESULTADOS: na entrevista, a paciente relatou queixa de cefaléia, halitose, pouco rendimento físico, sonolência diurna e sono agitado durante a noite. Referiu também anosmia, mastigação lenta e engasgos frequentes. Durante a avaliação, observou-se respiração exclusivamente oral do tipo superior, mastigação bilateral alternada e lenta, deglutição adaptada e ressonância hiponasal de grau grave. Observou-se ainda face longa, perfil convexo, mandíbula retruída e olheiras. Os lábios da paciente encontravam-se entreabertos e ressecados, sendo o superior fino e o inferior evertido e avolumado e o palato duro apresenta-se atrésico, estreito e profundo. CONCLUSÃO: as características da paciente em questão são compatíveis com a Síndrome do Respirador Oral e pode-se supor que sejam consequências morfofuncionais de uma obstrução nasal total.
ASSUNTO(S)
respiração bucal obstrução nasal blastomicose palato faringe