Pacientes oncológicos em quimioterapia paliativa: perfil e relações entre sintomas, capacidade funcional e qualidade de vida
AUTOR(ES)
Raissa Silva Souza
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
30/08/2011
RESUMO
As doenças e agravos não transmissíveis têm impactado cada vez mais na saúde das populações. Algumas, como é o caso do câncer, em virtude de suas características etiopatogências e magnitude, têm se configurado como um grave problema de saúde pública. Quando o câncer se torna avançado, com comprometimento metastático, a pessoa acometida não mais se beneficia dos tratamentos modificadores da doença cujo objetivo é exclusivamente a cura. Para atender às demandas de cuidado advindas dessas pessoas, intervenções específicas podem ser implementadas, sendo uma dessas intervenções a quimioterapia paliativa. A quimioterapia com finalidade paliativa beneficia a pessoa pela redução do tamanho da massa tumoral, com consequente redução dos sintomas, não repercutindo, obrigatoriamente, sobre sua sobrevida. OBJETIVO: Investigar o perfil das pessoas em quimioterapia paliativa de um serviço ambulatorial de Belo Horizonte. RESULTADOS: A amostra teve uma média de idade de 56 anos, com maior concentração de mulheres (65,7%). A maioria dos participantes referiu baixa escolaridade, com 8,6% apresentando analfabetismo; a maior parcela da amostra (65,7%) não estava trabalhando. Todos os participantes apresentavam câncer em estágio avançado (estadiamento III e IV), com presença de metástases à distância. O sítio primário mais comumente encontrado foi a mama (44,3% da amostra), seguida do câncer gastrintestinal (30%), sendo os locais mais frequentemente acometidos por metástases o fígado (25%), pulmão (13%) e ossos (20%). A capacidade funcional da amostra se concentrou no sub-grupo considerado estável (70%), com pouco ou nenhum comprometimento para a realização de AVD e AVDI. A avaliação da experiência de sintomas e da qualidade de vida, ao contrário do que se esperava para uma população com câncer avançado, apresentou médias totais moderadas. CONCLUSÃO: As variáveis experiência de sintomas e qualidade de vida apresentaram alterações moderadamente severas. O declínio da capacidade funcional esteve significativamente relacionado a uma pior experiência de sintomas e pior qualidade de vida, indicando a necessidade do enfermeiro intervir para melhorar a independencia funcional dos pacientes. A prestaçao de cuidados paliativos pode grandemente contribuir para uma melhor qualidade de vida desses pacientes, visto que essa modalidade assistencial pode levar ao controle efetivo e eficaz de sintomas, além de favorecer a participação ativa da pessoa doente e sua família no tratamento como um todo
ASSUNTO(S)
enfermagem teses enfermagem decs dissertações acadêmicas decs assistência paliativa decs neoplasias/quimioterapia decs neoplasias/complicações decs qualidade de vida decs fatores socioeconômicos decs questionários decs neoplasias/epidemiologia decs neoplasias/diagnóstico decs humanos decs masculino decs feminino decs adulto decs meia-idade decs enfermagem oncológica decs
ACESSO AO ARTIGO
http://hdl.handle.net/1843/GCPA-8NGJEUDocumentos Relacionados
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