Para uma ethical turn da tecnologia: por que Hans Jonas não é um tecnofóbico
AUTOR(ES)
Oliveira, Jelson R. de
FONTE
Trans/Form/Ação
DATA DE PUBLICAÇÃO
2022
RESUMO
Resumo: O objetivo do presente artigo é contrapor à acusação de tecnofóbico, erroneamente dirigida a Hans Jonas, a sua proposta de uma ethical turn da tecnologia, cujas bases estariam na capacidade ética de impor contenções ao avanço utópico do progresso técnico, algo que leva a ética da responsabilidade ao polêmico conceito de “heurística do temor”. Para tanto, parte-se de um exame sobre o projeto jonasiano de uma filosofia da tecnologia, cuja terceira perspectiva seria valorativa, sendo esta a que ele melhor desenvolveu. A partir daí, analisa-se qual seria o valor da tecnologia, com base no ponto de vista da vida (nos seus quatro âmbitos: presente e futura, humana e extra-humana) para então se examinar, estrategicamente, a posição de Gerard Lebrun, para quem Jonas estaria entre os filósofos tecnofóbicos. O intuito, nesse caso, é demonstrar a incoerência de tal interpretação, precisamente porque o pensador francês, com grande atuação no Brasil, confunde a proposta da reorientação ética (no sentido de um poder desde dentro da técnica) com a imposição de um poder exterior, de cunho paralisante.
Documentos Relacionados
- Comentário a “Para uma ethical turn da tecnologia: por que Hans Jonas não é um tecnofóbico” - Simondon: um outro ponto de vista sobre a técnica
- Hans Jonas e a diferença antropológica : uma análise da biologia filosófica
- O princípio da responsabilidade de Hans Jonas e o imperativo de uma ética para a educação
- Apropriação social da ciência e da tecnologia: contribuições para uma agenda
- Arte e Tecnologia: uma chave para outras educações