Paradoxo excesso de peso – depleção muscular e fatores de risco cardiovascular em pacientes ambulatoriais com doenças inflamatórias intestinais
AUTOR(ES)
ANDRADE, Maria Izabel Siqueira de, MAIO, Regiane, DOURADO, Keila Fernandes, MACÊDO, Patrícia Fortes Cavalcanti de, BARRETO NETO, Augusto César
FONTE
Arq. Gastroenterol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2015-03
RESUMO
Contexto Evidências sugerem um processo de transição nutricional nos pacientes com doenças inflamatórias intestinais. A obesidade, que era um distúrbio incomum nas doenças inflamatórias intestinais, cresce em paralelo com a prevalência da obesidade em toda a população, podendo aumentar o risco de doenças cardiovasculares nesta população. Objetivo Avaliar o estado nutricional e a ocorrência de fatores de risco cardiovascular em pacientes com doenças inflamatórias intestinais. Métodos Métodos – Estudo transversal, série de casos, realizado em pacientes ambulatoriais com doenças inflamatórias intestinais, adultos e de ambos os sexos. Foram obtidas variáveis demográficas, socioeconômicas, clínicas, antropométricas e os fatores de risco cardiovascular: sedentarismo, excesso de peso, obesidade abdominal, medicamentos, comorbidades, alcoolismo e tabagismo. O nível de significância foi de 5,0%. Resultados A amostra foi constituída por 80 pacientes com doenças inflamatórias intestinais, 56 (70,0%) com etocolite ulcerativa inespecífica e 24 (30,0%) com doença de Crohn, sendo a idade média 40,3±11 anos e 66,2% do sexo feminino. Elevadas frequências de excesso de peso (48,8%) e obesidade abdominal (52,5%) foram identificadas, segundo o índice de massa corporal e a circunferência da cintura, respectivamente, em ambos os grupos, e de forma mais importante na retocolite ulcerativa inespecífica. A depleção de massa muscular ocorreu em 52,5% dos pacientes segundo a circunferência muscular do braço, sendo mais depletados aqueles com (P=0,008). Dentre os fatores de risco para doenças cardiovasculares, os mais frequentes foram o sedentarismo (83,8%), o perímetro abdominal elevado (52,5%) e o excesso de peso (48,8%). Conclusão A avaliação antropométrica completa mostrou elevada frequência de déficit proteico somático ao mesmo tempo em que se encontraram elevadas frequências de excesso de peso e obesidade abdominal.
ASSUNTO(S)
doenças inflamatórias intestinais sobrepeso desnutrição fatores de risco doenças cardiovasculares
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