PARASITISMO DE MOSCAS-DAS-FRUTAS (TEPHRITIDAE) EM CAMPO, APÓS LIBERAÇÕES DE Diachasmimorpha longicaudata (ASHMEAD) (HYMENOPTERA: BRACONIDAE) NO RIO GRANDE DO SUL
AUTOR(ES)
MEIRELLES, RAFAEL NARCISO, REDAELLI, LUIZA RODRIGUES, JAHNKE, SIMONE MUNDSTOCK, OURIQUE, CLÁUDIA BERNARDES, OZORIO, DÂNIA VIEIRA BRANCO
FONTE
Rev. Bras. Frutic.
DATA DE PUBLICAÇÃO
20/06/2016
RESUMO
RESUMO Diachasmimorpha longicaudata (Ashmead) (Hymenoptera: Braconidae) foi introduzido Nordeste do Brasil em 1994, para avaliar a possibilidade de uso em um programa de controle biológico de moscas-das-frutas. No entanto, os efeitos desta espécie nos índices de parasitismo e nas populações de parasitoides nativos nas condições do Sul do Brasil, são desconhecidos. O objetivo deste trabalho foi avaliar o impacto das liberações de D. longicaudata no parasitismo de moscas-das-frutas em nêsperas, pêssegos, araçás e caquis, no município de Eldorado do Sul, RS, Brasil. No primeiro ano de trabalho, frutos foram coletados e armazenados em laboratório para obtenção de pupários. As moscas ou parasitoides que emergiram foram contabilizados e identificados. No segundo ano, foram realizadas liberações de adultos de D. longicaudata provenientes de laboratório, criados em Anastrepha fraterculus (Wied.). Os parasitoides foram liberados nos períodos de safras, na densidade de aproximadamente 1.700 parasitoides/ha, e foram realizadas amostragens de frutos da mesma forma que no primeiro ano. No terceiro ano, o procedimento realizado foi o mesmo do primeiro, sem liberações. Um aumento significativo foi registrado nos índices de parasitismo no segundo ano, nas frutíferas amostradas, com exceção do caqui, no qual nenhum parasitoide foi recuperado, em nenhum ano. No segundo ano o número de moscas emergidas também foi menor. No terceiro ano de coletas, nenhuma D. longicaudata foi registrada e os índices de parasitismo foram estatisticamente iguais aos verificados no primeiro ano. Os parasitoides nativos coletados foram: Aganaspis pelleranoi (Brèthes), Doryctobracon areolatus (Szépligeti), Doryctobracon brasiliensis (Szépligeti) e Utetes anastrephae (Viereck), os quais foram constatados em pelo menos uma das espécies de frutífera e mesmo nos anos após a introdução do parasitoide exótico, indicando que este não foi deletério para estas espécies. Conclui-se que D. longicaudata pode auxiliar a reduzir populações de moscas-das-frutas na região de Eldorado do Sul, RS.
ASSUNTO(S)
controle biológico anastrepha fraterculus aganaspis pelleranoi doryctobracon spp. utetes anastrephae
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