Passa-se uma engenhoca: ou como se faziam transações com terras, engenhos e crédito em mercados locais e imperfeitos (freguesia de Campo Grande, Rio de Janeiro, séculos XVIII e XIX)
AUTOR(ES)
Pedroza, Manoela
FONTE
Varia Historia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010-06
RESUMO
A questão central deste artigo é perceber como as hierarquias sociais e as políticas específicas do Antigo Regime nos Trópicos se refletiram em estratégias concretas, e compreender as engrenagens locais de um mercado imperfeito. Analisaremos as escolhas e trajetórias de agentes envolvidos em transações com terras, engenhos e concessão de crédito na freguesia de Campo Grande, no correr do século XVIII até o início do XIX, cuja especificidade foi conseguirem reproduzir sua condição senhorial. Metodologicamente, partimos da microanálise e compusemos redes sociais locais que sustentaram as estratégias dos agentes em questão. Propomos que as rendas criadas a partir das vendas a prazo, os vínculos pessoais entre compradores-credores-vendedores-devedores nas vendas dos engenhos e a sobreposição de vínculos de dependência locais foram fatores que possibilitaram a acumulação econômica e a reprodução ampliada da condição senhorial.
ASSUNTO(S)
engenhos de açúcar mercado de terras crédito local
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