Perfil das propriedades comerciais com caprinos em Minas Gerais e sua relação com a soroprevalência do lentivírus de Pequenos ruminantes

AUTOR(ES)
FONTE

Repositório Institucional da UFMG

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014

RESUMO

O Estado de Minas Gerais (MG) destaca-se na caprinocultura leiteira juntamente com outros estados da Região Sudeste brasileira. Como as demandas são específicas, as propriedades devem ser analisadas considerando aptidão, corte ou leite, e perfil de criação, comercial/tecnificado ou tradicional/subsistência. A determinação da prevalência segundo o perfil das propriedades comerciais corte e leite quanto ao Lentivírus de pequenos ruminantes (LVPR) possibilitará a proposição de programa estadual de controle das lentiviroses de pequenos ruminantes. Objetivou-se determinar a soroprevalência do LVPR em rebanhos caprinos comerciais de MG, no ano de 2011, considerando a tipologia produtiva; avaliar variáveis que possuem influência na soropositividade para o LVPR e caracterizar as propriedades soroepidemiologicamente com ênfase no LVPR. Foi realizada amostragem estatística em 70 propriedades comerciais, sendo 10 para corte e 60 para leite, em 12 mesorregiões de MG. Os 1400 soros foram analisados por imunodifusão em gel de agarose (IDGA) e as variáveis foram obtidas por meio do questionário epidemiológico. A prevalência e as frequências das variáveis estudadas foram calculadas com base nos resultados sorológicos para presença de infecção pelo LVPR. A soroprevalência geral em animais dos rebanhos caprinos comerciais foi de 13,8% (202/1400), e quando considerada a tipologia produtiva passou para 23% (202/1194) em caprinos dos rebanhos leiteiros e 0% (0/206) em caprinos de corte. A prevalência em propriedades comerciais foi de 81,4% (57/70). Das propriedades leiteiras 95% (57/60) foram positivas para o LVPR e das propriedades de corte, nenhuma foi positiva (0/10) para o LVPR. A prevalência aumentou com a idade, porém não foi alterada em função da raça, gênero e grau de sangue. Em 55,0% (33/60) das propriedades era realizada alguma forma de controle para a CAE no rebanho, sendo que desta 93,9% eram positivas para o LVPR, demonstrando que ocorriam falhas nas medidas de controle adotadas. Nas propriedades leiteiras, caracterizadas por regime de confinamento, eram adotadas práticas de manejo coletivas que favoreceram a disseminação do LVPR, necessitando de medidas de controle adequadas. As propriedades de corte, com prevalência nula, necessitam de medidas profiláticas para evitar a introdução do vírus.

ASSUNTO(S)

minas gerais cae caprinocultura comercial controle lentiviroses lvpr lentivírus caprino criação caprino doenças propriedade comercial

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