Perfil neuropsicolÃgico de uma amostra de idosos da cidade do Recife

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

IntroduÃÃo: Muitas mudanÃas ocorrem no cÃrebro, ao longo da vida, e vÃo exercer um papel importante na cogniÃÃo do idoso, freqÃentemente alterando sua funcionalidade. A avaliaÃÃo neuropsicolÃgica tem oferecido grande contribuiÃÃo, sendo utilizada como auxÃlio na identificaÃÃo de padrÃes de envelhecimento cognitivo normal e patolÃgico. Objetivos: Investigar o perfil cognitivo de uma amostra de idosos da regiÃo metropolitana do Recife. Verificar a influÃncia das variÃveis: idade, escolaridade e gÃnero no desempenho cognitivo dos sujeitos. MÃtodo: Participaram deste estudo 101 indivÃduos saudÃveis de ambos os sexos (selecionados de uma amostra de 119 sujeitos), com idade acima de 65 anos e diferentes nÃveis de escolaridade. A amostra foi selecionada atravÃs de uma triagem que incluÃa o Mini Exame do Estado Mental (MEEM). Os selecionados foram avaliados com a Bateria NeuropsicolÃgica Abreviada (NEUROPSI). Este instrumento à de rÃpida aplicaÃÃo (30 a 40 minutos), e permite fazer um diagnÃstico inicial ou preditivo das alteraÃÃes cognitivas em populaÃÃes com diferentes graus de escolaridade, incluindo analfabetos. Examina as seguintes funÃÃes cognitivas: memÃria visual e verbal (processos de codificaÃÃo, armazenamento e evocaÃÃo), aprendizagem, atenÃÃo, linguagem e funÃÃes executivas (conceituais e motoras). Para efeitos comparativos a amostra foi dividida de acordo com a idade, em: G1 (65 a 69 anos), G2 (70 a 79 anos) e G3 (80 anos ou mais), grau de escolaridade: GA (analfabetos), GB (baixa: um a quatro anos), GC (mÃdia: cinco a nove anos) e GD (alta: 10 anos ou mais) e gÃnero (sexo masculino e femenino). Foram realizadas as anÃlises descritivas dos resultados do MEEM e NEUROPSI e efetuada as comparaÃÃes com ANOVA. Resultados: NÃo foram encontradas diferenÃas significativas nos resultados de ambos testes, no que se refere a variÃvel idade, mas houve diminuiÃÃo da pontuaÃÃo com o aumento da idade (G3), alcanÃando nÃvel de significÃncia em alguns subtestes. A variÃvel escolaridade apresentou diferenÃas significativas para ambos os testes. O GA apresentou a pontuaÃÃo mais baixa em comparaÃÃo com os demais grupos. TambÃm o GB esteve em desvantagem em comparaÃÃo com os grupos GC e GD. Foram evidenciadas poucas diferenÃas significativas entre os grupos GC e GD. A variÃvel gÃnero apresentou diferenÃa apenas na tarefa de reconhecimento do subteste de memÃria. ConclusÃes: Encontramos uma forte influÃncia da escolaridade (analfabetismo) no desempenho cognitivo, resultados compatÃveis com a literatura. A educaÃÃo pode contribuir na aquisiÃÃo da reserva cerebral, sugerindo que uma exposiÃÃo à estimulaÃÃo cognitiva mais intensa e complexa pode estar associada com maiores conexÃes sinÃpticas. Por outro lado, o fato de nÃo encontrar diferenÃas no desempenho cognitivo de sujeitos em diversas faixas etÃrias (apesar da tendÃncia dos mais novos perfilar melhor), pode estar atribuÃdo, ao critÃrio de incluir sujeitos âsocialmente ativosâ na amostra. Entretanto, outros estudos sÃo necessÃrios para esclarecer esta hipÃtese

ASSUNTO(S)

neuropsychological assessment cognitive aging envelhecimento cognitivo elderly neuropsi idoso ciÃncias da saÃde avaliaÃÃo neuropsicolÃgica neuropsi

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