Pó de coco como substrato para produção de mudas de tomateiro
AUTOR(ES)
Silveira, Elineide B., Rodrigues, Viviane J.L.B., Gomes, Andréa M.A., Mariano, Rosa L.R., Mesquita, Júlio C.P.
FONTE
Horticultura Brasileira
DATA DE PUBLICAÇÃO
2002-06
RESUMO
A produção de mudas constitui uma das etapas mais importantes do sistema produtivo hortícola, sendo altamente dependente da utilização de insumos. Avaliou-se o potencial do pó de coco, isolado e em combinação com outros substratos [pó de coco, PlantmaxÒ e húmus de minhoca e as misturas em iguais proporções (v/v) PlantmaxÒ + pó de coco, húmus de minhoca + pó de coco, PlantmaxÒ + húmus de minhoca e PlantmaxÒ+ pó de coco + húmus de minhoca], para produção de mudas de tomateiro 'Santa Adélia'. Avaliou-se aos 10 dias após semeadura, a variável germinação e, aos 25 dias após a semeadura, as variáveis número de folhas, altura da planta e matéria fresca e seca da parte aérea. A mistura entre substratos foi mais favorável à produção de mudas de tomateiro, com destaque para os tratamentos PlantmaxÒ + pó de coco + húmus de minhoca. A microbiota natural de cada um dos três substratos foi quantificada com relação às variáveis bactérias totais, fungos totais, Pseudomonas do grupo fluorescente, Bacillus e Trichoderma. Nos substratos pó de coco e húmus de minhoca a população bacteriana superou a fúngica. Húmus de minhoca e pó de coco se destacaram, respectivamente com maior população de bactérias totais (240,56 x 10(4) UFC/g de substrato seco) e fungos totais (86,98 x 10(4) UFC/g de substrato seco). Pseudomonas spp. fluorescentes foram detectadas em húmus de minhoca (1,65 x 10(4) UFC/g de substrato seco) e PlantmaxÒ (0,36 x 10(4) UFC/g de substrato seco); Bacillus spp. em húmus de minhoca (33,23 x 10(4) UFC/g de substrato seco) e; Trichoderma spp. apenas em pó de coco (2,42 x 10(4) UFC/g de substrato seco). Para avaliar o efeito do incremento da microbiota natural dos substratos na promoção de crescimento de plântulas de tomateiro foram adicionadas as misturas PlantmaxÒ + húmus de minhoca; PlantmaxÒ + pó de coco e; PlantmaxÒ + pó de coco + húmus de minhoca suspensões de cinco isolados de Trichoderma spp, quatro isolados de Pseudomonas fluorescentes, cinco isolados de Bacillus spp. e a mistura dos isolados Trichoderma + Pseudomonas fluorescentes + Bacillus. As suspensões foram adicionadas dois dias antes do plantio, na concentração de 0,52 A e 5 x 10(6) conídios/mL para bactérias e fungos, respectivamente. O incremento da população microbiana dos substratos não promoveu o crescimento das plântulas de tomateiro. Conclui-se que a utilização de pó de coco em mistura com outros substratos, principalmente com o PlantmaxÒ, é viável barateando o custo de produção de mudas de tomateiro.
ASSUNTO(S)
lycopersicon esculentum pseudomonas spp. fluorescentes bacillus spp. trichoderma spp. pó de coco plantmaxÒ húmus de minhoca fungos bactérias
Documentos Relacionados
- Utilização do pó da casca de coco-verde como substrato para produção de mudas de alface.
- Associação de diferentes soluções nutritivas com o substrato pó de coco para produção de mudas de meloeiro.
- Fibra de coco e resíduo de algodão para substrato de mudas de tomateiro
- Produção de mudas de tomateiro em substratos contendo fibra de coco e pó de rocha
- Mudas de melancia produzidas com substrato à base de pó de coco e soluções nutritivas