Potencial do efeito antibacteriano in vitro de quitosana extraÃda de Mucor circinelloides UCP 050: uma abordagem para uso em sistemas de conservaÃÃo de alimentos

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Recentemente, a quitosana vem despertando bastante interesse em relaÃÃo Ãs suas aplicaÃÃes em produtos alimentÃcios e farmacÃuticos. Entre outras, a atividade antimicrobiana deste biopolÃmero tem sido apontada como uma das suas mais interessantes propriedades. O objetivo deste estudo foi extrair e caracterizar a quitosana da biomassa de Mucor circinelloides (UCP 050) e avaliar a efetividade desta na inibiÃÃo do crescimento in vitro de cepas de bactÃrias patogÃnicas/deteriorantes de interesse em alimentos. Quitosana proveniente de caranguejo foi utilizada para comparaÃÃo. A fim de determinar as concentraÃÃes mÃnimas bacteriostÃticas e bactericidas das quitosanas foi realizado o teste de Heilman. Foi utilizada fermentaÃÃo submersa para produÃÃo de quitosana por Mucor circinelloides (UCP 050) utilizando como substrato meio de cultura alternativo a partir de Jacatupà (Pachyrhizus erosus, (L) URBAN). Avaliou-se, ainda, o crescimento de M. circinelloiodes em diferentes tempos (24, 48, 72 e 96 horas), incubado a 28ÂC e 150 rpm. Quitina e quitosana foram extraÃdas por tratamento Ãlcali-Ãcido e a quitosana caracterizada por espectroscopia ao raio de Infravermelho, viscosidade, anÃlise tÃrmica e difraÃÃo de raio X. M. circinelloides crescido em meio de cultura jacatupà apresentou rendimento de biomassa mÃximo (20.7 g.L-1) em 96 horas, enquanto a maior produÃÃo de quitosana (64 mg.g-1) e quitina (500 mg.g-1) foram observadas em 48 e 72 horas de crescimento, respectivamente. A quitosana caracterizada apresentou grau de deacetilaÃÃo de 83% e massa molecular de 2,6 x 104 g/mol. A difraÃÃo de raio X apresentou um pico de maior intensidade prÃximo ao angulo de 20.0- 2θ (d = 4.4534 Ã) e a anÃlise termogravimÃtrica demonstrou um processo de desidrataÃÃo, seguido da decomposiÃÃo do polÃmero, com geraÃÃo de material carbonizado. As curvas de calorimetria apresentaram um pico largo endotÃrmico e um segundo pico endotÃrmico. A quitosana microbiolÃgica e de crustÃceo demonstraram concentraÃÃo mÃnima inibitÃria idÃnticas para todas as bactÃrias ensaiadas, de 1,50 mg.mL-1 para Listeria monocytogenes, Staphylococcus aureus, Salmonella enterica, Escherichia coli e Yersinia enterocolitica e 0,625 mg.mL-1 para Pseudomonas aeruginosa. Nenhuma concentraÃÃo de ambas quitosanas demonstrou aÃÃo bactericida para a cepa de S. entÃrica. A quitosana microbiolÃgica apresentou menor concentraÃÃo mÃnima bactericida frente P. aeruginosa quando comparada com a quitosana de crustÃceo, sendo de 2,5mg.mL-1 e 5,0 mg.mL-1, respectivamente. Os resultados obtidos destacam a quitosana como um promissor agente de conservaÃÃo de alimentos de origem natural

ASSUNTO(S)

chitosan foodborne pathogen nutricao food preservative antibacterial property patÃgeno alimentar quitosana conservante de alimentos propriedade antibacteriana

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