"Praticamos SM, repudiamos agressão”: classificações, redes e organização comunitária em torno do BDSM no contexto brasileiro
AUTOR(ES)
Facchini, Regina, Machado, Sarah Rossetti
FONTE
Sex., Salud Soc. (Rio J.)
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013-08
RESUMO
A apropriação com sentido erótico da categoria sadomasoquismo e/ou a adesão ao acrônimo BDSM têm se feito presentes no Brasil desde pelo menos a década de 1980, com a organização de uma comunidade que imagina a si mesma a partir da adesão a um conjunto diverso de práticas eróticas e a noções relacionadas à consensualidade e à segurança, marca-das pela (des)identificação com perspectivas patologizantes. A partir de perspectiva etnográfica, este artigo focaliza conexões, diálogos e o trânsito de categorias e classificações entre diferentes atores sociais envolvidos na disputa de sentidos acerca desse conjunto diverso de práticas e convenções. A produção de subjetividades e de agenciamentos coletivos é analisada tomando por base a relação com outros atores sociais, especialmente com as classificações oriundas dos saberes médico-científicos. O BDSM como lugar social é situado num espaço intersticial entre diagnósticos médicos, nichos de mercado erótico e comunidades políticas.
ASSUNTO(S)
sadomasoquismo bdsm convenções sociais direitos sexuais saberes científicos
Documentos Relacionados
- Délcio Teobaldo - Pivetim São Paulo: Edições SM, 2009.
- CLASSIFICAÇÕES DO PENSAMENTO BRASILEIRO EM PERSPECTIVA SOCIOLÓGICA
- Produção de sujeitos, sexualidades e mercadorias no BDSM: as técnicas e os circuitos SM em San Francisco na etnografia de Margot Weiss
- Organização e satisfação no contexto do teletrabalho
- Redes de pequenas empresas e estratégias de consolidação: evidências do contexto brasileiro