Preditores de recaída no segundo ano após terapia cognitivo-comportamental para pacientes com transtorno de pânico
AUTOR(ES)
Heldt, Elizeth, Kipper, Letícia, Blaya, Carolina, Salum, Giovanni A., Hirakata, Vânia N., Otto, Michael W., Manfro, Gisele G.
FONTE
Revista Brasileira de Psiquiatria
DATA DE PUBLICAÇÃO
23/04/2010
RESUMO
OBJETIVO: Investigar os preditores de recaída após dois anos de terapia cognitivo-comportamental em grupo breve para pacientes com transtorno do pânico que não responderam ao tratamento farmacológico. MÉTODO: Um total de 56 pacientes com transtorno do pânico que preencheram os critérios de remissão em um ano de avaliação após as 12 sessões da terapia cognitivo-comportamental em grupo foram acompanhados. As características demográficas, clínicas e os estressores de vida foram investigados como preditores de recaída. RESULTADOS: No segundo ano de avaliação, 39 (70%) pacientes mantiveram-se em remissão e o uso de medicação reduziu significativamente, de tal forma que 36 (64%) pacientes não estavam em tratamento psiquiátrico. Entre todas as variáveis independentes investigadas, somente o "conflito" como evento estressor de vida, RR = 3,20 (CI95% 1,60; 7,20 - p = 0,001) e a gravidade ou os sintomas residuais de ansiedade, RR = 3,60 para cada ponto a mais da escala (CI95% 1,02; 1,08 - p < 0,001), foram preditores de recaída. CONCLUSÃO: A despeito dos ganhos do tratamento através dos dois anos, os terapeutas devem manter-se atentos em relação ao manejo do estresse e no papel dos sintomas residuais de ansiedade durante este período. Os resultados são discutidos no contexto de custo-eficácia do tratamento e nas potenciais estratégias para prolongar os ganhos da terapia cognitivo-comportamental em grupo.
ASSUNTO(S)
transtorno de pânico terapia comportamental cognitiva recaída seguimento eventos estressores
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