Prevalência da polifarmácia em idosos com demência

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

A polifarmácia entre os idosos tornou-se uma prática comum. A polifarmácia pode ser classificada como quantitativa e qualitativa. Dentre os conceitos para a quantitativa, definiu-se a mesma como sendo a utilização de dois ou mais medicamentos. Por sua vez, a polifarmácia qualitativa leva em consideração a racionalização da terapia farmacológica. A partir dos dois conceitos apresentados, este estudo objetivou avaliar a prevalência da polifarmácia nos idosos com demência e associa-las às características sócio-clínico-demográficas e farmacológicas. Foi realizado um estudo transversal em um Centro de Referência em demência incluindo 97 idosos. Foram identificadas as prevalências da polifarmácia quantitativa e qualitativa e a partir da análise univariada, associou-se a polifarmácia às características da população. A prevalência da polifarmácia quantitativa foi de 92,8%, sendo 37,2% leve, 25,8% moderado e 29,8% grave, e a qualitativa de 49,5%. Analisando-se os dados, observou-se uma alta prevalência da polifarmácia quantitativa e qualitativa naqueles idosos que consumiam mais de seis medicamentos, eram acompanhados por diversas especialidades médicas e apresentavam possíveis interações medicamentosas. As características sócio-clínico-demográficas, a auto-medicação, os efeitos adversos, o erro não-intencional de omissão e o tempo de uso incorreto não estiveram associadas com polifarmácia quantitativa e qualitativa. A polifarmácia quantitativa e qualitativa foi prevalente entre os idosos com demência. O atendimento ambulatorial multiprofissional aos idosos utilizando a metodologia de identificação e qualificação da polifarmácia quantitativa e qualitativa parece ser uma ferramenta útil para promover o uso racional de medicamento.

ASSUNTO(S)

farmacia polifarmácia polypharmacy alzheimer disease health of the elderly saúde do idoso doença de alzheimer

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