ProduÃÃo de Ãxido nÃtrico, superÃxido dismutase e interleucinas 6 e 12 por monÃcitos de portadores de esquistossomose mansÃnica, na forma hepatoesplÃnica, submetidos à esplenectomia e autoimplante esplÃnico

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

HipertensÃo porta devida à esquistossomose mansÃnica na forma hepatoesplÃnica (EHE) à tratada com sucesso pela esplenectomia e ligadura da veia gÃstrica esquerda (ELGE). Entretanto, apÃs a retirada do baÃo, ocorre um aumento no risco da sepse fulminante pÃsesplenectomia (SFPE), causada pelo prejuÃzo à funÃÃo imune normal por uma alteraÃÃo do sistema fagocÃtico mononuclear (SFM). Assim, o auto-implante de tecido esplÃnico tem sido proposto, em crianÃas, com a finalidade de restaurar a funÃÃo esplÃnica quando a esplenectomia à necessÃria. A estimulaÃÃo do SFM causa a liberaÃÃo de espÃcies reativas de nitrogÃnio, como o Ãxido nÃtrico (?NO), e de citocinas, como as interleucinas 6 (IL-6) e 12 (IL-12), que, juntos, tÃm um papel essencial na morte microbiana. Neste contexto, à importante tambÃm a aÃÃo da superÃxido dismutase (SOD), enzima que transforma o superÃxido em perÃxido de hidrogÃnio, um potente produto microbicida. Este estudo de corte transversal teve o objetivo de avaliar a atividade funcional das cÃlulas mononucleares do sangue perifÃrico, empregando um ensaio in vitro em pacientes com EHE submetidos à ELGE e auto-implante de tecido esplÃnico em bolsa no omento maior, atravÃs da anÃlise da produÃÃo de ?NO (μmol/ml), IL-6 (μg/ml), IL-12 (μg/ml) e SOD (uSOD/mg proteÃna) no sobrenadante destas cÃlulas. O grupo teste foi constituÃdo de 19 pacientes com EHE submetidos, no ServiÃo de Cirurgia Geral da CrianÃa, Hospital das ClÃnicas â UFPE, à ELGE e auto-implante esplÃnico (EHE/ELGE/AI/G3). Os resultados foram comparados com trÃs grupos, incluindo 12 pacientes com EHE nÃo tratados (EHE/G1), 13 pacientes com EHE submetidos à ELGE (EHE/ELGE/G2) e 15 indivÃduos sadios (CT/G4). AnÃlise da produÃÃo de ?NO pelos monÃcitos mostrou resultados similares entre os grupos G2 (6,7  0,4), G3 (7,4  1,6) e G4 (8,2  2,7). Entretanto, os pacientes do G1 produziram nÃveis baixos de ?NO (5,3  1,3), quando comparados ao G3 (q= 4,285 p? 0,05) e G4 (q=5,837 p ? 0,01). Em relaÃÃo à liberaÃÃo de IL-6, os monÃcitos do G1 demonstraram reduzida habilidade em produzir esta citocina (468,0  198,0), quando comparada ao G2 (628,6  23,4; q=3,085 p? 0,05), G3 (632,9  12,8; q=3,782 p? 0,05) e G4 (639,2  32,2; q=4,332 p? 0,05). Ao contrÃrio, nenhuma diferenÃa estatÃstica foi encontrada entre estes trÃs grupos. A respeito da produÃÃo de IL-12, foram demonstradas altas quantidades desta citocina no G1 (4,6  2,3), estatisticamente significante, em comparaÃÃo com G2 (1,3  0,6;q=4,695 p? 0,05), G3 (1,7  1,3;q=4,353 p? 0,05) e G4 (2,2  1,0;q=2,830 p? 0,05). Entretanto, nÃo houve diferenÃa estatÃstica entre estes trÃs grupos. A atividade da SOD foi significantemente maior no G1 (9,2  3,8) e G2 (8,5  3,2), em comparaÃÃo com G4 (5,1  2,1), enquanto sua atividade no G3 (7,3  3,1) foi semelhante ao G4 (q=2,954 p? 0,05). Coletivamente, os resultados sugerem mÃltiplos padrÃes no perfil de resposta imune durante a EHE e igualmente apÃs esplenectomia com ou sem auto-implante esplÃnico. Este estudo dà suporte à hipÃtese de que o auto- implante esplÃnico à capaz de manter a atividade do SFM, que pode ter contribuÃdo para proteger os pacientes do grupo EHE/ELGE/AI da SFPE

ASSUNTO(S)

schistosomiasis esquistossomose cirurgia nitric oxide eesplenectomia Ãxido nÃtrico splenectomy

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