PRODUÇÃO ANIMAL EM VÁRZEA SISTEMATIZADA CULTIVADA COM FORRAGEIRAS DE ESTAÇÃO FRIA SUBMETIDAS A DIFERENTES NÍVEIS DE ADUBAÇÃO
AUTOR(ES)
Marchezan, Enio, Vizzotto, Vandro Rogério, Rocha, Marta Gomes da, Moojen, Eduardo Londero, Silva, José Henrique Souza da
FONTE
Ciência Rural
DATA DE PUBLICAÇÃO
2002-04
RESUMO
A utilização das áreas de várzea na Depressão Central do Rio Grande do Sul limita-se basicamente ao cultivo do arroz irrigado, permanecendo em pousio durante o inverno devido à deficiência de drenagem natural. A melhoria do sistema de drenagem pode ser obtida através do nivelamento da área, da correção do microrelevo, associado ao estabelecimento de drenos superficiais. Assim, foi desenvolvido um trabalho com o objetivo de avaliar a produção animal em área de terras baixas sistematizada, cultivada com espécies forrageiras de inverno, as quais foram submetidas a diferentes níveis de adubação. O experimento foi conduzido na área experimental do Departamento de Fitotecnia da UFSM, em solo classificado como PLANOSSOLO HIDROMÓRFICO Eutrófico arênico, unidade de mapeamento Vacacaí. A área foi sistematizada em desnível de aproximadamente 0,06%, e as espécies forrageiras foram: azevém (Lolium multiflorum), trevo branco (Trifolium repens) e cornichão (Lotus corniculatus), cultivadas em consorciação. Adotaram-se como tratamentos três níveis de adubação: 50%, 100% e 150% da recomendação oficial, sendo utilizada calagem para corrigir o pH para 5,5. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso com duas repetições, totalizando seis parcelas de 0,5ha cada uma. Utilizaram-se terneiros de 8 a 10 meses de idade, em pastejo contínuo, com carga inicial média de 480kg ha-1 de peso vivo. As variáveis avaliadas foram: ganho médio diário de peso por animal, carga animal, ganho de peso vivo ha-1, digestibilidade in vitro, proteína bruta, composição botânica e taxa média de acúmulo de matéria seca das forrageiras. O resíduo de matéria seca (MS) ha-1 da pastagem manteve-se ao redor de 1000kg, e a taxa média de acúmulo de MS ha-1dia-1 das forrageiras foi de 19,9kg. O ganho médio diário foi de 1016g animal-1 dia-1, com carga média de 738,6kg ha-1 peso vivo e ganho de peso de 469,7 kg ha-1. O número de dias de pastejo foi de 98, 121 e 128 para os tratamentos 50, 100 e 150% da recomendação oficial, respectivamente. Os níveis de adubação NPK, mantendo constante a adubação nitrogenada, não afetaram o ganho médio dos animais, a carga animal e o ganho de peso vivo por hectare.
ASSUNTO(S)
consorciação azevém-trevo branco-cornichão pastejo contínuo pastagem
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