Profilaxia de tromboembolismo venoso, podemos fazer melhor? Perfil de risco e profilaxia de tromboembolismo venoso em Hospital Universitário do interior do Estado de São Paulo
AUTOR(ES)
Curtarelli, Arthur
FONTE
J. vasc. bras.
DATA DE PUBLICAÇÃO
11/03/2019
RESUMO
Resumo Contexto O tromboembolismo venoso (TEV) é uma doença silenciosa e potencialmente letal que acomete parcela importante dos pacientes hospitalizados. Com alta morbimortalidade e elevado custo financeiro para o sistema de saúde, o TEV pode ser prevenido com uso da profilaxia, já estabelecida pela literatura. No mundo real, a profilaxia para TEV possui média de adequação inferior a 50%. Objetivos Definir o perfil epidemiológico do doente com TEV em um hospital universitário e a taxa de adequação da profilaxia para TEV no referido serviço, além de determinar meios para melhorá-la. Métodos Estudo transversal observacional realizado pela coleta de dados no prontuário médico dos pacientes que preencheram critérios de inclusão. Comparou-se a taxa de adequação da profilaxia para TEV prescrita para pacientes clínicos e cirúrgicos, segundo diretrizes da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), de acordo com sua classificação de risco para TEV. Resultados A taxa global de adequação das prescrições de profilaxia para TEV foi de 42,1% versus 57,9% de inadequação. Pacientes clínicos obtiveram taxa de adequação de 52,9%, enquanto pacientes cirúrgicos obtiveram taxa de adequação de 37,5%. Conclusões As taxas de prescrição adequada para profilaxia para TEV ainda se encontram aquém do esperado. Educação continuada, estímulo à aplicação da estratificação de risco à beira do leito e adequações no sistema de prescrição eletrônica podem aumentar as taxas de prescrição adequada para profilaxia de TEV.Abstract Background Venous thromboembolism (VTE) is a silent and potentially lethal disease that affects a considerable proportion of hospitalized patients. It has high morbidity and mortality and is responsible for a heavy financial burden on healthcare systems. However, VTE can be prevented using prophylaxis measures that have been established in the literature. Nonetheless, in the real world, mean rates of appropriately administered VTE prophylaxis are lower than 50%. Objectives To define the epidemiological profile of patients with VTE in a University Hospital and the rate of appropriately administered VTE prophylaxis at that service and to identify measures to improve the rate. Methods A cross-sectional, observational study was conducted with data collected from the medical records of patients who met the inclusion criteria. The rates of correct VTE prophylaxis prescribed to clinical and surgical patients were compared, assessed according to guidelines published by the Brazilian Society of Angiology and Vascular Surgery (SBACV), based on VTE risk classification. Results The overall rate of correctly-prescribed VTE prophylaxis was 42.1%, while 57.9% of patients were not managed correctly in this respect. Clinical patients had a 52.9% rate of appropriate prophylaxis, while the equivalent rate for surgical patients was 37.5%. Conclusions Rates of correctly-prescribed VTE prophylaxis are still lower than they should be. Ongoing education, measures to encourage bedside risk stratification, and improvements to the electronic prescription system could increase appropriate VTE prophylaxis rates.
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