Queima da vagem e podridão de raízes da soja causadas por linhagens de Fusarium graminearum e produção de micotoxinas

AUTOR(ES)
FONTE

Fitopatologia Brasileira

DATA DE PUBLICAÇÃO

2004-10

RESUMO

Amostras de sementes de soja (Glycine max) produzidas no Sul do Brasil estavam infetadas com Fusarium graminearum. Para determinar se membros desse complexo de espécies eram patogênicos à soja, seis isolados do fungo, originados de sementes soja, foram adicionados ao solo numa densidade de 10³ macroconídios/ml ou vagens foram inoculadas individualmente com 10(4) macroconídios/ml. Plântulas crescidas em solo infestado desenvolveram pequenas lesões necróticas na coroa e na parte superior das raízes. Vagens inoculadas com conídios desenvolveram lesões necróticas marrom-escuro grandes (> 1 cm). Vagens jovens inoculadas com o fungo secaram e caíram da planta. Isolados de F. graminearum recuperados das lesões das coroas, raízes e vagens das plantas de soja foram identificadas como pertencentes aos grupos de compatibilidade 1, 2 ou 8, através da análise da seqüência de DNA do gene EF1-alfa, quando comparados com as linhagens conhecidas. Dois isolados de F. graminearum dos Estados Unidos, pertencentes ao grupo de compatibilidade 7, causaram sintomas semelhantes em soja. Testes das micotoxinas produzidas em soja e trigo (Triticum aestivum) indicaram que a maioria dos isolados Brasileiros produz Nivalenol, como a principal toxina dos tricotecenos, ao invés de Deoxinivalenol. Em adição, os isolados dos grupos 2 e 8 produziram uma nova toxina, o 3,Acetil-Nivalenol.

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