REALIMENTAÇÃO PRECOCE VIA ORAL EM PACIENTES ONCOLÓGICOS SUBMETIDOS À GASTRECTOMIA POR CÂNCER GÁSTRICO

AUTOR(ES)
FONTE

ABCD, arq. bras. cir. dig.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-09

RESUMO

Racional: Estudos mostram que não há vantagem em manter pacientes em jejum via oral após a ressecção eletiva gastrointestinal. A alimentação precoce até 48 h pode ser benéfica, pois diminui complicações infecciosas e permanência hospitalar. Objetivo: Avaliar a evolução e tolerância da dieta precoce via oral nos pacientes no pós-operatório de gastrectomia por câncer gástrico. Método: Foi realizada avaliação antropométrica no dia da operação aferindo peso, altura, índice de massa corporal e perda ponderal. A aceitação da dieta foi avaliada conforme ingestão alimentar (volume aceito) e sintomas gastrointestinais como náuseas, vômitos, obstipação, diarreia, distensão abdominal, complicações no pós-operatório e tempo de permanência hospilatar. Resultados: A amostra foi composta por 23 pacientes, sendo 17 com gastrectomia parcial e seis com total. A avaliação do estado nutricional demonstrou desnutrição em 9%, eutróficos em 54,5%, com sobrepeso 9% e com obesidade 27,2%, porém 54% apresentaram perda ponderal. Houve boa aceitação da dieta em 96,9% da amostra. Dos sintomas avaliados 4,3% apresentarem náuseas e distensão abdominal e 65,2% de obstipação. Das complicações cirúrgicas, conforme a escala de Clavien, 13% apresentaram complicações grau V, 4,3% grau IIIA, 8,7% grau I e 73% não apresentaram complicações. O tempo de permanência hospitalar foi de 5±2,2 dias. Conclusão: Realimentação precoce no pós-operatório de gastrectomia total e parcial foi bem tolerada pelos pacientes.

ASSUNTO(S)

gastrectomia neoplasia dieta

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