RELAÇÃO ENTRE FRATURAS E SUSPEITA DE MAUS TRATOS EM CRIANÇAS: UMA ANÁLISE RETROSPECTIVA
AUTOR(ES)
PEREIRA, VITOR LUIS; CRISOSTOMO, BERNARDO LOPES; SILVA, GIULIA CARVALHO; DOBASHI, EIFFEL TSUYOSHI
FONTE
Acta ortop. bras.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2021-02
RESUMO
RESUMO Objetivo: O objetivo deste trabalho é fornecer evidências para a relação entre suspeita e diagnostico de casos de maus tratos e fraturas infantis, dado que, na literatura nacional, os estudos ainda são escassos sobre o tema. Métodos: Estudo retrospectivo envolvendo prontuário eletrônico de um hospital público de referência, em um município do estado de São Paulo, num período de 8 anos (2010 a 2018). Foram selecionados casos envolvendo crianças de até 12 anos notificados como maus tratos e apresentando fraturas, sendo os dados submetidos análise estatística. Resultados: Dentre 83 casos de maus tratos, um total de 19 pacientes (20.5%) apresentaram 23 fraturas diferentes. As vítimas em 68,42% eram meninos com média de 5 anos de idade que sofreram agressão física (79%). A maioria não teve agressor identificado (52%), sendo 21% relacionado a mãe. Os padrões de fratura encontrados envolveram em sua maioria fraturas de crânio (43,48%) e fraturas diafisárias (34,78%). Sete pacientes (30,43%) tiveram outras lesões associadas e quatro pacientes vieram a óbito (21%). Conclusão: Apesar do número de casos, foi possível identificar características e padrões relevantes. Tais dados apontam que o diagnóstico é subestimado e mostram pequenas diferenças epidemiológicas comparativas a literatura internacional. Nível de Evidência II, Estudo retrospectivo.
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