Resposta hematopoietica em animais portadores do tumor ascitico de Ehrlich e tratados com paladaciclos

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2003

RESUMO

Neste trabalho avaliamos o potencial farmacológico e toxicológico de um novo composto organometálico contendo paládio como metal de transição e estabilizado com ligantes bifosfínico e aminoácido, denominado neste estudo Paladaciclo ferroceno 1 :2. Portanto, para avaliar o potencial antitumoral in vivo, analisamos o crescimento e diferenciação de células precursoras hematopoiéticas para granulócitos e macrófagos (CFU-GM) num modelo experimental de implantação tumoral, com células do tumor ascítico de Erhlich. Nesta análise, verificamos que o Paladaciclo ferroceno 1:2 não foi capaz de reverter a mielossupressoão induzi da pelo T AE e também não preveniu a hematopoiése extramedular (esplênica), que é uma característica marcante do desenvolvimento tumoral. A hematopoiése esplênica não foi observada nos animais que receberam apenas o Paladaciclo ferroceno 1:2, sugerindo. uma baixa toxicidade sistêmica para este composto. Os estudos in vitro, utilizando a técnica de cultura clonal de precursores hematopoiéticos para granulócitos e macrófagos (CFU-GM), demonstraram .uma mielotoxicidade dose-dependente, sendo que a menor concentração testada nesta metodologia (1,18 flM) não alterou o número de CFU-GM em relação ao controle. Essa mesma concentração (1,18 flM), quando adicionada ao meio de cultura líquida de longa duração, para avaliar os efeitos do composto em estudo 1: sobre o estroma medular, demonstrou um efeito hematoprotetor do Paladaciclo ferroceno 1:2 sobre a medula óssea. Nesta cultura observamos um aumento significativo no número de células aderentes do estroma medular quando as células foram incubadas com o Paladaciclo ferroceno 1:2 em relação ao controle sem tratamento. Este aumento no número de células aderentes nas culturas tratadas com o composto foi acompanhado por um maior número de áreas denominadas cobblestone, locais de alojamento de células jovens em culturas de longa duração. A avaliação da citotoxicidade deste composto pelos testes de exclusão do Azul de Trypan e redução do MTT demonstraram um IC de 2,5 flM e 5,3 !-1M, respectivamente. A diferença obtida nas concentrações inibitórias descritas acima poderia ser explicada, pelo menos em parte, através dos diferentes princípios dos métodos, pois o teste de redução do MTT avalia a capacidade da enzima succinato desidrogenase mitocondrial de reduzir o MTT a cristais de formazan enquanto que o teste de exclusão do azul de Trypan avalia a integridade da membrana plasmática pela sua capacidade da excretar o corante tóxico para a célula. Ao avaliarmos a expressão da proteína Bc1-2, que está intimamente ligada ao controle da morte celular programada e/ou à resistência das células malignas aos quimioterápicos, verificamos que a expressão desta proteína não se alterou na presença de diferentes concentrações do Paladacic10 Ferroceno 1:2. Esta ausência de efeitos sobre a expressão deste gene foi" verificada pela metodologia de imunocitoquímica, (método de fosfatase alcalina, anti-fosfatase alcalina- AP AAP) e pela técnica de R T-PC R, sugerindo que o processo apoptótico em células HL60 tratadas com o composto em questão envolve outras vias de indução da apoptose celular. Levando todos os nossos dados em consideração, podemos sugerir que este composto, em baixas concentrações, possui um potencial modulador da resposta hematopoiética e também apresenta uma maior citotoxicidade as células leucêmicas HL60 (células de leucemia mielóide aguda). Estudos in vivo estão em andamento para melhor caracterizarmos o mecanismo de ação desta droga sobre a resposta hematopoiética

ASSUNTO(S)

celulas hematopoieticas primitivas compostos organometalicos tetadifon

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