Restrição protéica na prenhez: efeitos relacionados ao metabolismo materno

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009-02

RESUMO

Foram avaliadas as alterações no metabolismo materno durante a prenhez em ratas Wistar, prenhes e não-prenhes, submetidas à restrição protéica, que receberam dietas isocalóricas (15,74 kJ/g), controle ou hipoprotéica (17% versus 6%), distribuídas em quatro grupos (n = 7), quais sejam: controle não-prenhe (CNP) e prenhe (CP) e hipoprotéico não-prenhe (HNP) e prenhe (HP), do 1º ao 18º dia de prenhez. Parâmetros bioquímicos, hormonais e relacionados à síntese de lipídios foram considerados. Utilizou-se ANOVA a duas vias seguido de teste Tukey-HSD e teste t de Student, significância de p < 0,05. A restrição protéica elevou a síntese de lipídios e a atividade da enzima málica (EM) no fígado (FIG) e reduziu a massa (%) e a razão lipí+dio/glicogênio nesse tecido, bem como reduziu a ingestão protéica (total e %), o conteúdo (%) de lipídios na glândula mamária (GMA), as proteínas e a albumina séricas, com consequente redução nas massas da placenta e fetos. A prenhez reduziu a proteinemia, a albuminemia, a síntese de lipídios, a atividade da EM, os lipídios e o glicogênio no FIG. Mas elevou a massa corporal final, a massa (%) do tecido adiposo gonadal (GON), do FIG e da GMA, e reduziu a massa (%) da carcaça (CARC), a síntese e o conteúdo de lipídios no GON e, na GMA, o conteúdo de lipídios. A insulinemia elevou-se na prenhez, com glicemia reduzida, caracterizando resistência hormonal. A leptina e a prolactina também se elevaram na prenhez, sendo o aumento maior no HP. A restrição protéica na prenhez modificou o metabolismo materno, alterando a síntese de lipídios no FIG e o perfil hormonal, além de reduzir a massa da placenta e dos fetos.

ASSUNTO(S)

restrição protéica prenhez metabolismo materno

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