Resultados clínicos da reabilitação com implantes dentais unitários: cinco anos de acompanhamento

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

09/12/2010

RESUMO

O objetivo desse estudo retrospectivo foi avaliar a taxa de sobrevivência e a frequência das complicações associadas com implantes dentais unitários e suas próteses após período em função de dois a treze anos (período médio de 60 meses). Para tanto, foi realizado um estudo retrospectivo de coorte com pacientes que receberam implantes entre 1997 e 2007. A coorte era constituída de pacientes que tinham pelo menos um implante unitário restaurado com próteses cimentadas ou aparafusadas há mais de 2 anos em função. A taxa geral de sobrevivência e as condições Peri-implantares (perda óssea marginal, profundidade das bolsas gengivais, índice de placa, índice de inflamação e sangramento) assim como o estado das próteses foram avaliados. Análises estatísticas descritivas, testes qui-quadrado e de regressão univariados e multivariados, foram usados para avaliar os resultados. Ao todo, foram acompanhados 73 implantes em 44 pacientes (32 mulheres, 12 homens; idade média de 48 anos). Todos os implantes estavam disponíveis para avaliação por um período de 2 a 13 anos (média de acompanhamento, 60 meses). A taxa geral de sobrevivência dos implantes após período de 5 anos foi de 95.9% e a maioria das próteses (98.6%) estava em função após esse período de observação. A frequência total de complicações foi de 29.6% (4.3% inflamatória, 22.5% protética e 2.8% operatória). O valor médio da reabsorção óssea marginal foi de 1.8mm. As condições dos tecidos moles Peri-implantares como placa, sangramento, e profundidade das bolsas foram satisfatórias. Contudo, o índice de inflamação gengival foi associado com a profundidade das bolsas gengivais (P=0.000) e com a faixa de mucosa queratinizada (P=0.031). A maioria das próteses (98.6%) estava em função após o período de observação. No entanto, um implante fraturou resultando numa de falha das restaurações de 1.4%. O desaperto do parafuso do pilar protético ou da prótese ocorreu em 21% dos casos, e representou a complicação protética mais frequente. No entanto, todos esses desapertos de parafuso ocorreram em próteses aparafusadas com parafusos de titânio e 92.9% dessas utilizaram o pilar tipo UCLA fundido. Os implantes unitários e as suas reconstruções protéticas apresentaram nesse estudo excelentes taxas de sobrevivência. No entanto, houve uma elevada frequência de complicações protéticas, as quais foram associadas com parafusos de titânio e pilares UCLA calcináveis.

ASSUNTO(S)

estudo retrospectivo implantes dentais unitários taxas de sobrevivências e complicações odontologia implantes dentários osseointegrados retrospective follow-up study single-tooth dental implants long-term survival rates and complications

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