Search for tomato [Solanum (section Lycopersicon)] accessions with resistance to two races of Verticillium dahliae / Identificação de acessos de solanum spp. (Seção Lycopersicon) com resistência à murcha-de-verticílio (Verticillium dahliae) e à mancha-de-estenfílio (Stemphylium solani e S. lyconperscici)

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

O tomate (Solanum lycopersicum) é uma das hortaliças mais atacadas por doenças de diversas etiologias, sendo que os fungos causam a maior parte destas doenças. Destacam-se entre estas a murcha-de-verticílio (Verticillium dahliae) e a mancha-de-estenfílio (Stemphylium solani e S. lycopersici). A melhor forma de controle destas doenças é o plantio de cultivares resistentes. Os genes de resistência Ve e Sm conferem resistência à murcha-deverticílio e à mancha-de-estenfílio, respectivamente. O surgimento e o estabelecimento da raça 2 de V. dahliae, para a qual não existe cultivares de tomateiro resistentes, e a ocorrência de surtos epidêmicos da mancha-deestenfílio, que sugere a ausência do gene Sm em muitas cultivares utilizadas e erros de identificação e de controle do patógeno, têm causado muitos prejuízos aos produtores das principais regiões produtoras da hortaliça no Brasil. Tendo como base os problemas citados, teve-se como objetivo identificar acessos de tomateiro selvagens e domésticos disponíveis no banco de germoplasma da Embrapa Hortaliças com resistência a V. dahliae (capítulo 1) e à S. solani e a S. lycopersici (capítulo 2). Todos os experimentos foram conduzidos em casa-devegetação. No capítulo 1, 100 acessos de tomateiro foram testados quanto à resistência a um isolado de V. dahliae raça 1, sendo que a inoculação foi feita através do método de imersão de raízes. Os genótipos foram avaliados 30 dias após a inoculação, através de um corte na base do caule para a verificação de escurecimento vascular, atribuindo às plantas uma escala de notas que varia de 1 (plantas sadias) a 5 (plantas mortas). Os acessos que demonstraram resistência foram reavaliados com o mesmo isolado para confirmação de resistência e mais outros quatro, pertencentes às raças 1 e 2 e de diferentes localidades, considerando-se também nessa etapa os parâmetros epidemiológicos período de incubação (PI) e índice de doença (ID). Verificou-se que houve reação diferencial dos genótipos aos isolados de cada raça (resistente à raça 1, suscetível a raça 2 e vice-versa), verificando-se também uma maior freqüência de acessos resistentes à raça 1 do patógeno. Alguns genótipos apresentaram resistência do tipo vertical a todos os isolados inoculados. A maior parte dos genótipos resistentes pertencia a acessos da espécie S. lycopersicum. No capítulo 2, 109 acessos de tomateiro foram testados quanto à resistência a um isolado de S. solani e a outro de S. lycopersici, através de pulverização da suspensão do inóculo em folíolos de tomate até o escorrimento. Aos 15 dias após a inoculação as plantas eram avaliadas através da visualização de sintomas foliares, sendo que as plantas resistentes apresentaram folhas sadias ou com pequenas pontuações necróticas, caracterizando reação de hipersensibilidade. Os genótipos considerados resistentes foram reavaliados com os mesmos isolados para confirmação da resistência, considerando-se os padrões epidemiológicos PI, área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD) e ID. A maior parte dos genótipos confirmou a resistência verificada na pré-seleção. Alguns demonstraram suscetibilidade na seleção definitiva, sendo que a resistência inicial ocorreu devido a escapes, ou resistência do tipo horizontal. Verificou-se resistência aos patógenos em acessos das espécies S. lycopersicum, S. pimpinellifolium (provavelmente portadores do gene Sm), S. habrochaites e S. peruvianum (provavelmente portadores de novos alelos/genes de resistência). Os genótipos resistentes a ambas as doenças podem ser utilizados em programas de melhoramento genético e manejo integrado da doença. Para a confirmação da presença dos alelos/genes de resistência à V. dahliae e à Stemphylium nas fontes promissoras identificadas, é necessária a caracterização genética, além do teste em condições de campo sob diferentes intensidades das doenças.

ASSUNTO(S)

verticillium dahliae verticillium dahliae solanum lycopersicum fitopatologia resistência solanum lycopersicum resistance

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