Sentindo na Pele: Percepções de Discriminação Cotidiana de Pretos e Pardos no Brasil
AUTOR(ES)
Daflon, Verônica Toste, Carvalhaes, Flávio, Feres Júnior, João
FONTE
Dados
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-04
RESUMO
RESUMO Parte da literatura acadêmica brasileira sobre relações raciais tende a agrupar pretos e pardos em uma só categoria. Isso se justifica em virtude da sua semelhança em diversos indicadores socioeconômicos. No entanto, investigações recentes sobre padrões identitários e percepções de discriminação não mostram a mesma convergência entre os dois grupos. O presente artigo contribui para esse debate ao discutir a discriminação percebida por pretos, pardos e brancos a partir dos dados da Pesquisa das Dimensões Sociais da Desigualdade. Nossos resultados apontam que, no Brasil, a raça não pode ser analisada independentemente da dimensão socioeconômica. Mostramos, de forma inédita, que no tocante à percepção da discriminação, pardos de baixo status socioeconômico estão próximos dos pretos de mesma condição, enquanto pardos de status elevado reportam pouca discriminação e nisso se aproximam muito dos brancos.
ASSUNTO(S)
classificação de cor discriminação racial percepções da discriminação
Documentos Relacionados
- Onde estão os políticos pretos e pardos?
- Aprender com perfeição e sem coação: uma escola para meninos pretos e pardos na Corte
- Pretos, pardos, crioulos e cabras nas escolas mineiras do século XIX.
- Gênese das milícias de pardos e pretos na América portuguesa: Pernambuco e Minas Gerais, séculos XVII e XVIII
- Desigualdades sociodemográficas e na assistência à maternidade entre puérperas no Sudeste do Brasil segundo cor da pele: dados do inquérito nacional Nascer no Brasil (2011-2012)