Sexagem fetal em ovelhas Santa Inês por ultra-sonografia
AUTOR(ES)
Santos, Maico Henrique Barbosa dos, Moraes, Érica Paes Barreto Xavier de, Guido, Sebastião Inocêncio, Bezerra, Filipe Queiros Gondim, Melo, Arthur Nascimento, Lima, Paulo Fernandes de, Oliveira, Marcos Antonio Lemos de
FONTE
Ciência Rural
DATA DE PUBLICAÇÃO
2006-04
RESUMO
O presente estudo teve a finalidade de identificar o sexo e de determinar o dia da migração do tubérculo genital (TG) de fetos ovinos através da ultra-sonografia em tempo real. O sexo foi identificado no Experimento I (EI) levando-se em consideração a localização do TG e no Experimento II (EII), a presença do pênis, prepúcio e bolsa escrotal no feto macho e das tetas, vulva e clitóris no feto fêmea. No EI, as fêmeas (n=17) foram monitoradas em intervalos de 12 horas, do 35o ao 46o dia de gestação, por via transretal com transdutor linear (6,0 e 8,0 MHz). No EII, as fêmeas (n=30) com gestação de 55 a 75 dias foram examinadas apenas uma vez, utilizando-se o mesmo transdutor e via de exame do EI. Das 17 fêmeas do EI, 11 (64,6%) tiveram seus fetos corretamente sexados, independente da gestação ter sido simples (7/11), dupla (3/11) ou tríplice (1/11). Nas 6 (35,4%) gestações restantes, 3 (17,7%) foram duplas, sendo impossível sexar um feto de cada gestação. Nas outras 3 (17,7%) gestações, os fetos foram corretamente sexados, apesar dos nascimentos não coincidirem com a quantificação. Num feto macho de uma gestação simples, a migração ocorreu no 37° dia e até o 46°, todos os fetos das outras gestações estavam corretamente sexados. Das 30 fêmeas do EII, 16 (53,4%) apresentaram gestações simples e a acurácia da sexagem foi de 100%. Nas 14 (46,6%) restantes, as gestações foram duplas, sendo impossível, em quatro casos, determinar o sexo de, pelo menos, um dos gêmeos. De todos os fetos nascidos, a acurácia geral da sexagem foi de 88,0% (EI) e 90,9% (EII), não sendo observada diferença (P>0,05) entre ambos os experimentos. Os resultados permitem concluir que a ultra-sonografia em tempo real é um método eficiente para diagnosticar o sexo fetal pela visualização do TG, assim como pela identificação do pênis, prepúcio e bolsa escrotal no feto macho e das tetas, vulva e clitóris no feto fêmea, desde que os exames sejam realizados a partir do 50o dia de gestação.
ASSUNTO(S)
tubérculo genital saco escrotal pênis prepúcio tetas vulva
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