Síndrome de down: habilidades manuais e desempenho funcional

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

09/08/2011

RESUMO

A Síndrome de Down (SD) é a mais comum e antiga patologia genética ligada a uma deficiência intelectual que apresenta inúmeras características e condições clínicas. Dentre as áreas mais afetadas estão a linguagem, a motricidade global e a cognição. As habilidades manuais são importantes para desenvolvimento educacional e para a independência funcional do indivíduo. Pesquisas anteriores demonstram uma possível correlação entre o déficit de preensão palmar e a destreza manual nestes indivíduos e sua influencia na manipulação de objetos quando comparados a indivíduos normais. A partir deste conhecimento, buscou-se verificar através desta pesquisa uma possível correlação entre a destreza manual, força de preensão palmar, antropometria da mão e do seu desempenho funcional. Participaram deste estudo 35 crianças e jovens com SD e 35 saudáveis, que compuseram o grupo controle, todos com 7 anos e 6 meses a 14 anos, agrupadas em três faixas etárias: 1 (7 anos e 6 meses aos 8 anos), 2 (9 aos 11 anos) e 3 (12 aos 14 anos). A destreza manual foi avaliada pelo Teste Caixa e Blocos e pelo O`Connor Finger Dexterity Test. A força de preensão foi mensurada pelo dinamômetro Jamar, a antropometria pelo comprimento e largura da mão com o auxílio de um paquímetro de hastes longas e o desempenho funcional pelo Inventário de Avaliação PEDI. A dinamometria e destreza manual foram avaliadas três vezes, sendo utilizado o seu melhor resultado como dado da pesquisa. O O`Connor Finger Dexterity Test foi retirado da pesquisa por não se mostrar adequado a população com SD. Os resultados do grupo controle foram superiores ao grupo com SD em todos os testes, como esperado. A correlação estatística entre as variáveis mostrou que no grupo SD existe uma relação positiva e linear entre força de preensão palmar e destreza manual, comprimento e largura da mão, área de autocuidado (PEDI). Conclui-se que o indivíduo com SD apresenta: crescimento tardio da mão, evolução da força de preensão palmar com a idade, destreza manual inferior e constante entre as faixas etárias estudadas e desempenho funcional defasado. Sugere-se que novas pesquisas sejam feitas utilizando uma amostra maior para que se tenha uma visão global do desempenho manual destes além da verificação de outras variáveis que possam interferir nessa performance. E que, seja feito um estudo clínico para avaliar a relação da melhora da força de preensão palmar com as outras variáveis pesquisadas.

ASSUNTO(S)

antropometria educacao especial anthropometry síndrome de down destreza motora força da mão down syndrome activities of daily living atividades cotidianas hand strength motor skills

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