Síndrome do tunel do carpo: estudo evolutivo de parâmetros de condução nervoso em 261 mãos

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos de Neuro-Psiquiatria

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009-03

RESUMO

OBJETIVO: Comparar evolutivamente parâmetros de condução nervosa (CN) na síndrome do túnel do carpo (STC) em mãos não submetidas à cirurgia. MÉTODO: Foram selecionadas retrospectivamente 261 mãos (166 pacientes) com STC sintomática confirmadas por CN e que posteriormente realizaram exame controle com intervalo >12 meses; foram excluídos casos com polineuropatia. Os parâmetros eletrodiagnósticos anormais foram: velocidade de condução sensitiva (VCS) <46,6 m/s, segmento pulso-II dedo, e latência distal motora (LDM) >4,25 ms, segmento pulso-APB (8 cm). RESULTADOS: 92,8% eram mulheres; a média de idade foi 49 anos (20-76); o tempo médio entre os exames foi 47 meses (12-150); 9,8% e 1,9% não apresentaram potenciais de ação do nervo sensitivo (PANS) e potenciais de ação muscular compostos, no primeiro exame. No segundo exame a VCS piorou em 54,2%, ficou igual em 11,6% e melhorou em 34,2%; a amplitude do PANS piorou em 57,7%, ficou igual em 13,1% e melhorou em 29,2%; a LDM piorou em 52,9%, ficou igual em 7,6% e melhorou em 39,5%. Incluindo todos os parâmetros eletrofisiológicos, houve piora em 54,9%, melhora em 34,3% e permaneceram sem alterações 10,8%. CONCLUSÃO: As anormalidades da CN na STC podem oscilar ao longo do tempo e aparentemente independem da sintomatologia clínica, dificultando a correlação e prognóstico; idade mais avançada, sexo masculino e PANS ausentes no primeiro exame foram as variáveis que tiveram menor percentual de melhora evolutiva, independentemente do intervalo entre os exames.

ASSUNTO(S)

síndrome do túnel do carpo nervo mediano condução nervosa neuropatia compressiva evolução eletrofisiológica de longo prazo

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