Sobre alteridade e o sagrado em uma época de globalização: o "trans" em "transnacional" é o mesmo "trans" de "transcendente"?
AUTOR(ES)
Robbins, Joel
FONTE
Mana
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008-04
RESUMO
Por que as formas mais populares do cristianismo contemporâneo são aquelas que vêem uma distância radical entre céu e Terra? Com base em teorias acerca do papel da alteridade na religião, e particularmente nas teorias da época axial - que enfatizam a distintividade das religiões afirmadoras de uma relação de alteridade profunda entre o transcendente e o mundano - sugiro que o pentecostalismo se difunde rapidamente devido, em parte, ao modo com que dá destaque a tal alteridade. A globalização, ao tornar tantas pessoas, no mundo, descentradas em suas próprias vidas, produziu um grande reservatório de alteridade mundana vivida como experiência: uma percepção de que os poderes reais deste mundo são diferentes daqueles de cada um, e vêm de outro lugar. Meu argumento é que, para aqueles que experimentam a alteridade nesses termos globais, as religiões axiais, como o pentecostalismo, são boas para pensar, pois reconhecem a distância entre o transcendente e o mundano ao mesmo tempo que sugerem ser possível transpô-la.
ASSUNTO(S)
pentecostalismo paraíso globalização era axial papua-nova guiné
Documentos Relacionados
- Identidade, alteridade e globalização: uma reflexão a partir do testemunho de Rigoberta Menchú
- Globalização: notas sobre um debate
- Mudança em tempos de globalização: o capitalismo não é mais progressista?
- Patrimônio e globalização: o caso das culturas alimentares
- Reformando a globalização: criação de uma governança global independente