Sporothrix schenckii relacionado à caça ao tatu no Sul do Brasil: aspectos epidemiológicos e suscetibilidade dos isolados aos antifúngicos

AUTOR(ES)
FONTE

Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

DATA DE PUBLICAÇÃO

2010-10

RESUMO

INTRODUÇÃO: A esporotricose constitui-se na micose subcutânea mais frequentemente observada e, na maioria dos casos, a infecção é decorrente de pequenos traumas envolvendo fragmentos vegetais ou espinhos que inoculam o fungo no tecido subcutâneo. Embora frequentemente relacionada a caça a tatus, esta ocorrência tem sido raramente relatada no Brasil. Neste estudo relatamos dez casos envolvendo esta prática, observados em várias cidades das regiões centro e oeste do Estado do Rio Grande do Sul. MÉTODOS: o diagnóstico clínico foi confirmado pelos métodos clássicos de cultura em ágar Mycobiotic, identificação micromorfológica seguida de reversão a fase leveduriforme em ágar BHI. Os testes de suscetibilidade foram realizados pela técnica de microdiluição em caldo, de acordo com as normas estabelecidas pelo documento CLSI M38-A2 (2008). RESULTADOS: A esporotricose, decorrente de lesões causadas pela caça ao tatu foi confirmada pelo métodos microbiológicos. Os testes de suscetibilidade indicaram que todos os isolados eram sensíveis ao itraconazol, cetoconazol e terbinafina. CONCLUSÕES: O artigo discute aspectos ambientais e culturais relacionados a caça a este animal silvestre bem como àqueles relacionados a esta inesperada ocorrência.

ASSUNTO(S)

tatu brasil esporotricose sporothrix schenckii

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